Os neurocientistas da Universidade de Iowa construíram um jogo adaptado aos voluntários para testar as suas capacidades de cognição. O estudo envolveu 681 voluntários, com mais de 50 anos, que completaram um treino de cinco semanas, tendo jogado duas horas por dia, até perfazer o total de 10 horas de prática de videojogos.
Os resultados do estudo indicam que as pessoas submetidas aos testes conseguiram reduzir de um e meio a sete anos os seus níveis de declínio mental, aumentar o processamento cerebral em 70 por cento e melhorar as suas capacidades cognitivas.
“Sabemos que podemos parar este declínio e até recuperar a velocidade do processamento cognitivo das pessoas”, esclarece o líder da investigação, Fredric Wolinsky, no site oficial da Universidade de Iowa. “Se temos conhecimento disto, não devemos ajudar as pessoas? É muito fácil e todas as pessoas podem receber este treino de videojogos”, acrescenta.
Cientistas sensibilizam para a importância de “trabalhar” a mente
Para além das garantias que os jogos interativos podem trazer, o estudo publicado esta quarta-feira na revista norte-americana Plos One ajuda a explicar como se origina o declínio mental. Os investigadores revelam que as “funções executivas” começam a ser perdidas ao nível da memória, da atenção, da perceção e da capacidade de resolver problemas.
Não é ainda certo o período que dá início a estas alterações, mas os cientistas de Iowa afirmam que, “de qualquer forma, as nossas capacidades mentais diminuem” e que, por isso, é necessário que os especialistas se interessem em conhecer outras formas de estimular o cérebro humano.
Clique AQUI para consultar o estudo completo (em inglês).
Notícia sugerida por Vítor Fernandes