O estudo desenvolvido na Faculdade de Medicina da USP contou com a participação de 61 idosos, divididos por 29 pessoas saudáveis e 32 com Transtorno Cognitivo Leve (TCL), uma forma de perda de memória que pode conduzir à doença de Alzheimer. Por sua vez estes dois grupos deram origem a quatro subgrupos.
“Dessa forma tínhamos, separadamente, idosos saudáveis que fizeram treino de memória, idosos saudáveis que não fizeram treino de memória, idosos com TCL que fizeram treino de memória, e idosos com TCL que não fizeram treino”, explica no site da USP a investigadora Paula Brum.
Os voluntários foram submetidos à prática da categorização das listas e à leitura cuidada dos textos, em exercicícios que tinham a duração de 90 minutos. Os idosos realizaram um total de três avaliações, divididas ao longo de cerca de sete meses.
Benefícios prolongaram-se por seis meses
Cada uma das três avaliações compreendia oito exercícios de memória e, “tanto as listas como os textos começavam com dimensões pequenas e iam aumentando ao longo das sessões”. As avaliações foram feitas em grupos de dez pessoas, que reuniam tanto idosos saudáveis, como com indivíduos com TCL.
Paula Brum revela que, em ambos os casos, foram registados benefícios no desempenho da atenção, memória e da velocidade de cognição destas pessoas, e que os benefícios foram sentidos ao longo de cerca de seis meses.
“Isso significa que o treino realmente parece beneficiar ambas as populações e podem ser realizados uma vez a cada seis meses. Após esse tempo não sabemos se o efeito do treino ainda perdura”, afirma a investigadora.
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