Cientistas norte-americanos descobriram que uma substância natural obtida a partir de sementes da chamada "árvore milagrosa" é capaz de purificar a água de forma eficaz e barata.
Cientistas norte-americanos descobriram que uma substância natural obtida a partir de sementes da chamada “árvore milagrosa” é capaz de purificar a água não potável tornando-a própria para consumo de forma barata e sustentável.
Esta poderá vir a ser uma opção muito útil nos países em desenvolvimento, onde mais de mil milhões de pessoas não têm acesso a água limpa para beber.
A notícia foi avançada esta semana pelos investigadores no site oficial da American Chemical Society (ACS) e, de acordo com os especialistas, esta forma potencial de tratamento de água é extremamente simples, exigindo apenas um processo que envolve sementes da referida árvore e areia.
Por norma, a limpeza da água é complicada, sobretudo em áreas rurais de países em desenvolvimento, já que a remoção dos micróbios causadores de doenças e dos sedimentos da água potável requerem uma tecnologia avançada e raramente disponível.
Face a esta situação, Stephanie B. Velegol e a sua equipa criaram uma abordagem alternativa para o aproveitamento das sementes da “árvore milagrosa”, cultivada em regiões equatoriais para alimento, remédios tradicionais e biocombustíveis.
“As pesquisas anteriores mostraram que uma proteína existente nas sementes da árvore podia limpar a água. Um dos estudos criou água que não podia ser armazenada e outro método era muito caro e complicado. Queríamos desenvolver uma forma mais simples e menos cara de utilizar o poder dessas sementes”, explicou Velegol, coordenadora do estudo desenvolvido pela Universidade da Pensilvânia, nos EUA.
Com esse propósito, os cientistas acrescentaram a areia com carga negativa um extrato da semente, que contém a carga positiva da proteína da “árvore milagre”, que se une ao sedimento e mata os micróbios.
“A areia que resulta deste processo, a que chamamos 'areia funcionalizada' mostrou-se eficaz na captura de E.coli cultivada em laboratório. Também foi capaz de remover os sedimentos a partir de amostras de água”, conta Velegol.
A cientista admite mesmo que, graças a estas conclusões, “existe a possibilidade de a areia 'funcionalizada' proporcionar um processo simples e localmente sustentável para a produção de água potável armazenável”.
Clique AQUI para aceder ao artigo no portal da ACS (em inglês).
Comentários
comentários