Saúde

Saúde: Investir no SNS traz vantagens económicas

Um estudo da NOVA Information Management School (NOVA IMS) concluiu que o investimento no Sistema Nacional de Saúde traz retorno económico e social ao país.
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Investir em saúde tem efeitos positivos no absentismo, na produtividade e na qualidade de vida. E mais: traz retorno económico e social. Estas são as conclusões de um estudo da NOVA Information Management School (NOVA IMS) apresentado, dia 8 de Março, no Centro Cultural de Belém.

“Uma das principais novidades foi a inclusão de um novo dado relacionado com a avaliação do contributo do SNS para a redução do absentismo”, explica um comunicado de imprensa enviado ao Boas Notícias. De acordo com o estudo, o SNS contribuiu para reduzir, em mais de 2 dias, o número de faltas ao trabalho. Isto traduziu-se numa poupança de 744 milhões de euros em salários.

Neste cenário o número médio de faltas ao trabalho é de 5 dias, o que representa 2,3% do tempo trabalhado. Isto traduz-se num prejuízo de 2 mil milhões de euros em salários. Sem SNS, contudo, este número sobe para 7,6 dias e contabiliza um prejuízo na ordem dos 2,7 mil milhões de euros.

Taxas moderadoras prejudicam acesso

O documento indica ainda que em 2015 houve menos deslocações às unidades de saúde devido às taxas moderadoras. Se não existisse o pagamento destas taxas teria havido mais 2,8 milhões de consultas com médico de clínica geral ou médico de família num centro de saúde, mais 1,2 milhões de consultas externas ou de especialidade num hospital público, mais 1 milhão de exames de diagnóstico e mais 1,1 milhão de episódios de urgência.

“O estudo apresentado em 2016 revelou conclusões muito interessantes sobre a percepção dos portugueses relativamente ao SNS e sobre os pontos onde é possível melhorar. Contudo, penso que o dado mais relevante a destacar é que, pela primeira vez, conseguimos alcançar a criação de um indicador de sustentabilidade do SNS, que converge os vetores da qualidade, preço e atividade”, diz Pedro Simões Coelho, director da NOVA IMS e coordenador principal do Projecto de Sustentabilidade na Saúde 3.0.

“Este projecto terá continuidade e esperamos que em 2017, para além de dados mais robustos relativamente à evolução do indicador de sustentabilidade, possamos também avaliar a qualidade técnica do SNS”, acrescenta.

Novo estudo vem validar conclusões anteriores

O estudo de 2016 surge na continuação de um estudo anterior, feito nos últimos três anos, que teve como ponto de partida a obtenção de um indicador de retorno de investimento em saúde em Portugal (em 2014). O objetivo deste estudo era perceber a sustentabilidade do SNS.

Foi este mesmo estudo que concluiu que a despesa em saúde é um investimento e não um custo, validando a relação direta entre as áreas da Saúde e da Economia – “uma vez que a redução do absentismo é um dos efeitos em investimentos em saúde”, diz o comunicado.

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