Esta quinta-feira, poucos minutos depois das nove da manhã, a Agência Espacial Europeia lançou, para o espaço, o satélite que, nos próximos cinco anos, vai realizar a maior cartografia de sempre da nossa galáxia. Pelo nome Gaia, o mesmo foi desenvolv
Esta quinta-feira, poucos minutos depois das nove da manhã, a Agência Espacial Europeia lançou, para o espaço, o satélite que, nos próximos cinco anos, vai realizar a maior cartografia de sempre da nossa galáxia. Pelo nome Gaia, o mesmo foi desenvolvido em parceria com diversos investigadores portugueses.
André Almeida, astrónomo e docente na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, é o coordenador da equipa lusa que participou no projeto. Segundo o mesmo, o novo satélite foi desenhado com o objetivo de “medir com extrema exatidão as posições e os movimentos de cerca de mil milhões de estrelas na Via Láctea”.
O lançamento aconteceu esta manhã, em Kourou, na Guiana Francesa, pelo que, agora, o Gaia vai permanecer no espaço durante os próximos cinco anos. Durante esse tempo, o satélite vai recolher os dadosmais precisos até à data sobre a posição das estrelas na Via Láctea.
Os resultados vão permitir determinar qual a distância exata desde a Terra até às diferentes estrelas da nossa galáxia e, dessa forma, construir o primeiro mapa global tridimensional da Via Láctea.
O satélite Gaia conta ainda com a participação de elementos das Universidades Nova de Lisboa, Coimbra e Porto e acredita-se que a sua missão venha a ter impacto sobre a vida quotidiana dos cidadãos. A ideia é que a precisão de 99% com que vão ser medidas as distâncias sirva de referência futura para a navegação por GPS.
Esta é a primeira vez que uma equipa de cientistas portugueses participa na definição e concretização de um programa científico da Agência Espacial Europeia, integrando um consórcio internacional de cerca de 400 elementos.
Notícia sugerida por Maria Pandina