A sardinha portuguesa é a única espécie de peixe em toda a Península Ibérica que, a partir de Janeiro de 2010, passa a ter certificação de qualidade, como resposta às preocupações sobre a sustentabilidade dos recursos.
A sardinha portuguesa é a única espécie de peixe em toda a Península Ibérica que, a partir de Janeiro de 2010, passa a ter certificação de qualidade, como resposta às preocupações sobre a sustentabilidade dos recursos. Contrariando o ditado popular que diz que esta se quer pequenina, a sardinha portuguesa mostra, assim, que é a maior. Pelo menos no que diz respeito à qualidade.
De entre 160 espécies de toda a União Europeia, a sardinha nacional é a primeira a ser certificada com este rótulo azul de sustentabilidade e gestão de recursos, atribuído pelo Marine Stewardship Council (MSC).
“Esta certificação é uma oportunidade para toda a fileira da sardinha no sentido em que vai deixar de pensar na sobrevivência e vão passar a pensar e planear a sua atividade com base na sustentabilidade e durabilidade do recurso”, afirmou à Lusa Humberto Jorge, presidente da Associação Nacional das Organizações da Pesca (ANOP) do Cerco.
“Grande parte da nossa produção vai para o mercado externo e vai sobretudo para países do norte da Europa onde a sensibilidade em relação ao rótulo ecológico é muito grande nos produtos alimentares e, portanto, acreditamos que a certificação nos vai trazer uma mais-valia em termos de competitividade com outros produtos que também são vendidos em conserva”, justificou.
Com a certificação da sardinha fresca, congelada ou em conserva, o setor aguarda com expectativa que o consumidor possa também valorizar o preço de venda do pescado, aumentando a rentabilidade de toda a fileira.
Por ano, são capturadas cerca de 60 mil toneladas de sardinha em toda a costa portuguesa e em 2008 as embarcações faturaram 45 milhões de euros com a venda de sardinha.
A MSC é uma organização internacional sem fins lucrativos que é responsável pela certificação da qualidade ambiental do pescado.