por Patrícia Maia
Graças a esta maneira de abrir os braços a parcerias com poetas, ‘chefs’ e designers, a Salmarim tem chegados a “lugares” inesperados. A famosa Santini tem gelado de banana caramelizada que usa flor de sal das suas salinas, alguns dos deliciosos chocolates de Claudio Corallo, que encontramos no Príncipe Real, são temperados com Salmarim, e o chef Miguel Rocha Vieira criou um caviar que conta este ingrediente “secreto”.
Embalagem de cortiça
Foi também fruto da determinação de Filipe Raiado que nasceu uma embalagem única para a deliciada flor sal. “Percebi que um dos problemas da flor de sal é o embalamento que a deixa facilmente húmida. Depois de várias hipóteses, acabei por criar um saleiro com características ideais, em cortiça, que preserva o sal durante mais tempo”, conta ao Boas Notícias.
Para dar o toque final a este produto, Jorge convidou o escritor e poeta Jose Carlos Barros a escrever pequenos textos que acompanham as embalagens de cortiça.
A Salmarim leva Jorge Raiado a fazer contactos e percorrer vários quilómetros apresentando e distribuindo o seu sal. Mas durante os quatro meses de calor, Jorge passa as manhãs com os pés dentro de água, recolhendo à mão o sal que as salinas da reserva natural de Castro Marim, no Algarve, produzem.
No total, a Salmarim recolhe cerca de quatro toneladas de sal por ano. E não há excedentes. “Vendemos tudo o que produzimos”, salienta Filipe, acrescentando que neste negócio a prioridade “não é produzir mais, até porque estamos dependentes da ‘vida’ das salinas, mas sim melhor”. Mesmo assim, além do mercado nacional, a Salmarim já conta com clientes em vários países europeus, bem como no Canadá e em Angola.
Flor de sal em escamas
Mas a menina dos olhos da Salmarim é a flor de sal em escama. Uma raridade que antes mesmo de ser colhida já tem clientes destinados. “Apenas conseguimos colher cerca de 42 quilos por ano desta flor em escama que nasce em dias específicos graças a uma determinada combinação climática”, explica Jorge.
Esta requintada flor de sal é recolhida cuidadosamente e distribuída entre ‘chefs’ e hotéis do país que fazem questão de ter na sua cozinha este produto premium.
A Salmarim tem vindo a apostar, em parceria com ‘chefs’ e outros especialistas, em combinações que garantem um tempero especial à cozinha: sal com limão e alcaparras, pimentão ou azeitona, entre outros sabores. Agora, Filipe Raiado está já a pensar em novos conceitos, como sal líquido e sal fumado, preservando sempre a aposta em técnicas tradicionais.
Um sal que dá mais sabor
Jorge sublinha que o sal barato que se vende nas prateleiras do supermercado “é sujeito a um tratamento que retira os nutrientes e os minerais mais importantes do sal”. “Esse sal, que na realidade é apenas cloreto de sódio, não dá sabor à comida, só salga”, avisa.
Quem quiser dar este tempero especial à sua comida ou, simplesmente, oferecer uma prenda portuguesa que funde tradição e modernidade, poderá encontrar os saleiros da Salmarim, tanto em cortiça como em cartão, à venda em vários pontos do país, em lojas como a Vida Portuguesa, o El Corte Inglês ou o Mercado da Ribeira, em Lisboa.
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