Um meteorito que embateu na zona da atual Sibéria há cerca de 35 milhões de anos terá deixado, além de uma enorme cratera, um depósito de diamantes em quantidades nunca observadas.
Um meteorito que embateu na zona da atual Sibéria há cerca de 35 milhões de anos terá deixado, além de uma enorme cratera, um depósito de diamantes em quantidades nunca observadas. Embora a descoberta tenha sido mantida em segredo durante vários anos pelo governo soviético, uma nova investigação revelou mais detalhes sobre o achado que poderá “virar os mercados de cabeça para baixo”.
Uma inspeção mais detalhada feita recentemente à zona de impacto, que possui um total de 100 quilómetros de extensão, revelou um depósito de diamantes – não os tão apreciados por noivas ou monarcas, mas os chamados “diamantes industriais”, nascidos do impacto e que podem ser utilizados, por exemplo, para a construção de partes delicadas de maquinaria.
As novas informações foram avançadas esta semana pelo Instituto de Geologia e Mineralogia de Novosibirsk. Em declarações à AFP, Nikolai Pokhilenko, diretor do instituto, explicou que “ainda só 0,3% do território foi examinado e já foram encontrados 147 mil milhões de quilates de diamantes industriais”, pelo que se está a falar de “enormes quantidades” da pedra preciosa.
Segundo os especialistas, a descoberta abre a possibilidade de a Rússia conseguir reduzir o preço dos materiais sintéticos atualmente produzidos na China, disponibilizando uma alternativa nova e barata para a construção de máquinas e partes de aviões, bem como trabalhos de joalharia.
“Os diamantes da cratera de Popigai poderão virar tudo do avesso. E o que, nesse caso, aconteceria aos preços do mercado, é incerto”, salientou Gennady Nikitin, do instituto de diamantes industriais Yakutnipromalmaz.
Os principais obstáculos serão, no entanto, a acessibilidade do local, muito remoto, que se encontra muito afastado de quaisquer estradas e centros populacionais.