Rosa Mota foi eleita a maior maratonista mundial de todos os tempos. O título foi-lhe atribuído pela Associação Internacional de Maratonas (AIMS) e honra a carreira da antiga atleta portuguesa, que conquistou todos os títulos possíveis.
Rosa Mota foi eleita a maior maratonista mundial de todos os tempos. O título foi-lhe atribuído pela Associação Internacional de Maratonas (AIMS) e honra a carreira da antiga atleta portuguesa que, durante o seu percurso profissional, conquistou todos os títulos possíveis, entre o Europeu, o Mundial e o Olímpico.
Rosa Mota foi convidada pela AMIS para estar presente na comemoração dos 30 anos daquela entidade, onde marcou presença, a semana passada, julgando tratar-se apenas de mais um convite. Porém, foi mais do que isso: durante a cerimónia, realizada em Atenas – cidade que, em 1982, viu a sua primeira vitória – a maratonista portuguesa acabou por ser distinguida como a melhor de sempre.
“Tenho de reconhecê-lo: foi uma grande surpresa, mas muito agradável. Sobretudo por ser reconhecimento da AIMS, a associação internacional das maratonas, e por ser em Atenas, onde tudo começou para mim e para a Maratona”, confessou, com satisfação, a ex-maratonista, citada pelo jornal A Bola.
O percurso vitorioso de Rosa Mota começou, então, em 1982, no Europeu de Ar Livre, e, desde esse ano, a antiga atleta nunca mais parou: somou duas medalhas de ouro nos Europeus, mais uma de bronze e uma de Ouro nos Jogos Olímpicos.
A antiga maratonista arrecadou, depois, outro ouro nos Campeonatos do Mundo e assinou, ainda, vitórias em Roterdão (1983), Chicago (1983 e 1984), Tóquio (1986), Boston (1987, 1988 e 1990), Osaka (1990) e Londres (91, onde conquistou a Taça do Mundo.
De salientar que Rosa Mota ajudou também a combater o preconceito: quando começou a correr, a modalidade era exclusiva para o sexo masculino, já que se acreditava que o esforço da maratona seria excessivo para as mulheres.
Na cerimónia da AIMS foi igualmente distinguido o maratonista queniano Patrick Macau, que correu a Maratona de Berlim de 2011 em 2.03:38 horas, batendo, por 21 segundos, o antigo recorde do Mundo de Haile Gebreselasié.
Durante a ocasião, o presidente da AIMS, Paco Borao, aproveitou para enaltecer que “a Maratona e o movimento da corrida continua a crescer em todo o mundo”, sublinhando o que considera ser uma “contribuição para estilos de vida saudáveis”.