Tendo como bandeira a importância da Inteligência Artificial (IA) e na forma como os robots podem interagir com os seres humanos, Carlos Ghosn, da Renault Nissam Alliance defende que “o carro está a transformar-se num espaço de trabalho, familiar e pessoal, um local onde se trabalha e se fala com os amigos”. Acredita que o car sharing não se substitui ao mercado de compra e venda automóvel, mas é, sim, um complemento.
Quando questionado sobre a disponibilidade para colaborar com as start-ups, é da opinião que “serviços distintos podem melhorar a experiência do consumidor, pelo que a Nissan pode criar serviços complementares com as start-ups”.
Nicolas Brusson, da BlablaCar sabe que o car sharing é uma tendência que tem vindo a crescer. “Do ponto de vista económico o serviço é utilizado para deslocações para o local de trabalho no dia-a-dia e permite evitar o tráfego urbano”. José Viegas, da International Transportation Forum acredita que há “potencial na partilha de carros. Leva tempo para que os ministros percebam a necessidade da mobilidade partilhada”. Se forem feitas diligências para mostrar as vantagens desta forma de deslocação automóvel, poderá “haver uma regulação política mais favorável”.
No âmbito do tema FUTURE SOCIETIES foram levados a debate os sub-temas “Everyone wins in a global economy” (toda a gente ganha numa economia global), bem como “Giving artificial intelligence a face” (dar à inteligência artificial uma cara). Miguel Frasquinho, da AICEP Portugal, defende que, hoje em dia, é preciso criar impacto social através da dádiva. Falou da sua experiência pessoal, assim como a forma como a realidade aumentada pode ser usada para convencer mais pessoas a criar maior impacto social. “Mindset of giving” e “innovation cycle” foram outros conceitos abordados.
No painel seguinte, Mark Sagar, da Soul Machines Ltd, frisou a importância de utilizar a inteligência artificial como complemento à inteligência humana, frisando que “a face é feedback” e que a aprendizagem, usando o reconhecimento facial, significa “feedback”.
Durante a DIGITAL INNOVATION COMPETITION foi apresentado o desafio “Santa Casa Challenge”, que premeia start-ups e novas tecnologias que contribuam para o desenvolvimento social e o bem-estar da população. Neste âmbito foram apresentadas três start-ups que apresentaram soluções distintas, mas com um objetivo comum: o bem-estar das pessoas. A SIOS LIFE, com soluções interativas para idosos, a COOLURE, que se assume como plataforma de divulgação de eventos culturais locais, e a NEUROPSYCAD, uma plataforma baseada na cloud para diagnóstico de assistente computacional de distúrbios neuropsiquiátricos.
O dia terminou com os talks dos jogadores de futebol Luís Figo e Ronaldinho que encheram o Meo Arena. Luís Figo começou por apresentar a sua app, Dream Football, cujo objetivo é captar jovens talentos futebolísticos, de forma a dar aos mais novos uma oportunidade de mostrar o que valem neste desporto. Por sua vez, Ronaldinho destacou o facto de “fazer o que gosta” e a importância de estar junto de “pessoas inteligentes e importantes”.
Luís Figo finalizou a conferência destacando que “ninguém te dá nada se não trabalhares”, sendo sempre necessário esforço, dedicação e glória”.
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