Os responsáveis pela missão, no Jet Propulsion Laboratory (JPL), Estados Unidos, ‘explodiram’ de alegria às 6:30h (hora de Lisboa), quando o Curiosity finalmente chegou a Marte, após oito longos meses de espera. Ainda assim, aquela foi a aterragem mais difícil com que a NASA alguma vez se deparou.
O núcleo das equipas que pilota a missão apelidou os últimos minutos de voo do robô como “sete minutos de terror”. Uma vez que a construção era demasiado pesada para que o impacto fosse amortecido por sacos com ar, os engenheiros conceberam uma ‘grua’ com foguetões na retaguarda capazes de suster o robô nos últimos segundos da descida.
Com o auxílio de cordas de 'nylon' e de um paraquedas de 21 metros de diâmetro, a velocidade de descida de 21.243 quilómetros por hora foi reduzida para 2.47 quilómetros por hora. A operação bem-sucedida só foi possível graças aos materiais, equipamentos e modo de construção que implicaram um investimento de cerca de dois milhões de euros.
Agora que o Curiosity já se encontra estabelecido em Marte, deverá lá ficar por um período de dois anos, alimentado por um gerador nuclear. O objetivo da estadia é descobrir se o ambiente marciano foi propício ao desenvolvimento da vida microbiana através de várias ferramentas especiais, nomeadamente um mastro com câmaras de alta definição e um laser para estudar alvos até sete metros.
O robô Curiosity, de seis rodas, foi lançado a 26 de Novembro de 2011 a partir no cabo Canaveral, na Florida, Estados Unidos. Este foi o maior e mais perfeito engenho de exploração alguma vez enviado para outro planeta.
Clique AQUI para aceder ao comunicado da NASA sobre a aterragem (em inglês).
[Notícia sugerida por Vítor Fernandes e David Ferreira]