Foi com uma câmara de 340 megapixéis e uma lente de 3.6 metros instalada no Telescópio Legacy Survey Canadá-França-Havai, no Havai, que se conseguiu construir um mapa da misteriosa matéria escura 100 vezes maior do que o anterior.
O mapa é da autoria dos cientistas Catherine Heymans, da Universidade de Edimburgo (Escócia), e de Ludovic Van Waerbeke, da Universidade da Colômbia Britânica (Vancouver, Canadá).
Durante cinco anos, estes cientistas estudaram registos de imagens de 10 milhões de galáxias que se encontram a cerca de seis mil milhões de anos-luz (um ano-luz é a distância que a luz percorre durante um ano, ou seja cerca de 10 biliões de quilómetros). Isso significa que a luz captada pelo telescópio foi emitida quando o Universo tinha metade da idade que tem hoje.
Nas imagens captadas pelo telescópio é possível ver a matéria escura que rodeia aglomerados de galáxias ligadas entre si por filamentos mais finos.
Ter “um acesso privilegiado a esta massa misteriosa do Universo que não pode ser observada de outra forma e saber como a matéria é distribuída é o primeiro passo para a compreensão da sua natureza”, afirma o co-autor Ludovic Van Waerbeke em comunicado.
Este estudo representa o primeiro “olhar direto” sobre a matéria escura em larga escala, revelando a rede que esta matéria constitui em todas as direções do Universo.
Clique AQUI para aceder ao vídeo da conferência onde foi apresentado o mapa e AQUI para aceder ao comunicado do Telescópio Legacy Survey.
[Notícia sugerida por Elsa Martins]