O modelo geoide traduz-se numa imagem da Terra apenas baseada na força da gravidade, sem a ação de marés e correntes oceânicas, e serve como referência para medir a movimentação dos oceanos, a mudança do nível do mar e a dinâmica do gelo.
Além de possibilitarem um maior entendimento acerca das alterações climáticas, esses dados oceanográficos também serão úteis para estudar a estrutura interna do planeta, como os processos que levam à formação de terramotos de grande magnitude como o que atingiu o Japão recentemente.
Do espaço, os satélites dificilmente registam a dinâmica dos tremores, visto que o movimento das placas tectónicas ocorre abaixo do nível dos oceanos.
Contudo, explica a ESA no seu site, os tremores costumam deixar um “vestígio” na gravidade do planeta, o que pode ajudar no estudo do mecanismo de um terramoto e na sua deteção prévia.