Uma tela inédita de D. Sebastião, ainda menino e acompanhado de um galgo, datada de 1562, foi o grande destaque da exposição que esteve em exibição até 13 de março, em Zurique. A obra esteve esquecida durante quatro séculos no Palácio de Schönbrunn, em Viena, e esteve todo este tempo erradamente identificada como sendo um retrato do imperador Maximiliano II em criança.
Foi graças à curadora Anne-Marie Jordan que se descobriu a verdadeira identidade do nobre retratado. “Quando descobri o quadro percebi que era D. Sebastião e graças à restauração, que foi paga pelo Museu de Rietberg, consegue-se agora ver na coleira do cão as cinco quinas portuguesas”, explica a curadora à RTP.
Outras obras em destaque na mostra foram dois quadros que retratam uma das ruas principais da baixa pré-pombalina, no século XVI. Até à data não havia qualquer registo pictório desta rua de Lisboa, antiga Rua Nova dos Mercadores, que foi destruída no terramoto de 1755. As duas telas foram encontradas numa casa senhorial inglesa e só recentemente foram identificadas com sendo um retrato de Lisboa.
Para a exposição, dedicada a objetos de marfim do Ceilão (atual Sri Lanka e antiga colónia portuguesa) e peças da Renascença, o museu construiu também uma réplica do casco de uma caravela portuguesa colocando no seu interior várias peças esculpidas no Ceilão, que pertenciam à coleção privada de D. Catarina, rainha de Portugal e avó de D. Sebastião.
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[Notícia atualizada a 18/03/2011 às 15:19]