A eletricidade produzida a partir de fontes renováveis como o vento ou o sol a nível mundial deverá ultrapassar a produção de gás natural e tornar-se duas vezes superior à energia nuclear gerada no planeta já em 2016.
A eletricidade produzida a partir de fontes renováveis como o vento ou o sol a nível mundial deverá ultrapassar a produção de gás natural e tornar-se duas vezes superior à energia nuclear gerada no planeta já em 2016, passando a representar 25% da energia mundial. Um relatório da Agência Internacional do Ambiente (IEA) apresentado esta quarta-feira revela boas perspetivas apesar da difícil conjuntura económica.
De acordo com o relatório Medium-Term Renewable Energy Market Report (MTRMR), embora o contexto económico seja desafiante, as energias renováveis deverão crescer cerca de 40% nos próximos cinco anos, sendo, atualmente, as que se desenvolvem com maior rapidez no setor da produção elétrica.
Em 2018, estima a IEA, a eletricidade produzida a partir de fontes renováveis, que, em 2011, rondava os 20% em todo o mundo, deverá corresponder a 25% da energia gerada a nível internacional. Além disso, a contribuição da energia solar, eólica e geotérmica para a percentagem total também deverá aumentar para 8% (contra 2% em 2006).
Mercados emergentes estão a liderar crescimento
“À medida que os seus custos continuam a decrescer, as fontes de energia renováveis estão a crescer com base no próprio mérito na luta contra os novos combustíveis fósseis”, afirma Maria van der Hoeven, diretora executiva da IEA que apresentou o relatório, em comunicado.
“Estas são boas notícias para um sistema energético global que precisa de tornar-se mais limpo e mais diversificado. Porém, os dados não devem ser uma desculpa para a complacência dos governantes, particularmente entre os países da OCDE”, notou a responsável.
“Muitas das energias renováveis já não exigem grandes incentivos económicos, mas exigem políticas a longo-prazo que proporcionem um mercado confiável e um quadro de regulação compatível com os objetivos da sociedade”, alertou ainda.
Segundo o relatório, o bom desempenho internacional das renováveis está a ser conduzido por dois fatores principais. Um deles diz respeito ao investimento neste tipo de energia nos mercados emergentes (como a China), que, prevê a IEA, deve compensar o crescimento lento noutras áreas do globo, como a Europa e os EUA.
Outro dos elementos que está a contribuir para a afirmação das energias limpas tem a ver com o facto de estas estarem a tornar-se mais competitivas face aos combustíveis fósseis em mercados como o Brasil, a Turquia ou a Nova Zelândia.
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