As ilhas das Flores e S. Miguel são aquelas onde as energias renováveis assumem maior relevância. Aliás, com a futura entrada em funcionamento de uma nova central hídrica nas Flores, a EDA estima que a penetração das renováveis atinja 87% da produção.
Já na ilha de S. Miguel, a elétrica açoriana vai avançar com investimentos para a completa saturação da Central Geotérmica da Ribeira Grande, a ampliação da unidade do Pico Vermelho e a construção de uma nova central na zona das Caldeiras.
Quanto ao resto do arquipélago, o presidente da EDA, Roberto Amaral, disse à Lusa que “é exequível” a meta estabelecida pelo executivo regional para que, dentro de oito anos, 75% da produção elétrica seja garantida por energias renováveis, apesar de admitir que será “difícil de conseguir”.
Uma elevada componente de produção com base em recursos renováveis levanta, no entanto, desafios em termos de armazenamento. É por isso que, quando a capacidade instalada permitir uma produção renovável correspondente a 60% do total, haverá ocasiões em que, se não houver armazenamento, terão que ser desligados aerogeradores.
Face a estas condicionantes e para potenciar o aproveitamento de energia em excesso em horas de baixo consumo, a EDA aposta na introdução de veículos elétricos no arquipélago.
Os dados oficiais indicam que 40% das importações de combustíveis nos Açores se destinam ao sector rodoviário, pelo que a introdução de veículos eléctricos, cujas baterias podem ser carregadas durante a noite, em horas de baixo consumo, permitirá reduzir a factura em termos de combustíveis.