O museu é composto por quatro galerias e tem, anualmente, um fundo monetário destinado à compra de obras de artistas emergentes ou já reconhecidos na Frieze Art Fair, a feira de arte contemporânea de Londres. Em 2011, a Tate teve à disposição o valor mais alto de sempre: cerca de 172 mil euros (150 mil libras).
Este ano, uma das obras escolhidas por Nicholas Serota – diretor da Tate – em conjunto com os seus curadores e outros dois especialistas, foi um trabalho de Helena Almeida intitulado “Desenho (com pigmento), de 1999, com 20.8cm de altura por 29.4cm de largura.
A artista – que esteve representada na feira de Londres em duas galerias diferentes – torna-se, assim, a quarta portuguesa a integrar a coleção da Tate, juntando-se a Paula Rego, Julião Sarmento e Pedro Vale.
Além da obra de Helena Almeida, a Tate comprou ainda uma fotografia a preto e branco, “Tumour” (1969) da artista polaca Alina Szapocznikow e um vídeo da britânica Melanie Smith sobre o jardim surrealista de Xilitla.
Sobre Helena Almeida
Helena Almeida, nascida em 1934, estudou Pintura na Escola Superior de Belas de Lisboa e foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris, no ano de 1959.
Expôs, pela primeira vez, as suas obras numa exposição individual de pintura em 1967, na galeria Buchholz em Lisboa.
O seu trabalho incide particularmente no auto-retrato a preto e branco e, atualmente, a artista expõe sobretudo fotografias.
Helena Almeida venceu o prémio BesPhoto e o prémio AICA em 2004.
Em Portugal, as obras de Helena Almeida fazem parte das coleções de arte de maior relevo, como as da Fundação Calouste Gulbenkian, Coleção Berardo e Fundação de Serralves.
Sobre a Tate e o seu fundo monetário
Originalmente fundada sob o nome de National Gallery of British Art, a Tate compreende quatro galerias: Tate Britain (a mais antiga, aberta em 1897), Tate Liverpool (1988), Tate St. Ives (1993) e Tate Modern (2000) contando ainda com uma galeria online desde 1998.
A partir de 2003 esta instituição museológica passou a contar com um fundo anual para apoiar a nova arte, financiando privados, projetos artísticos, museus e galerias. A escolha está sempre nas mãos do diretor e dos curadores da Tate, auxiliados por dois curadores internacionais convidados em cada ano.
Para Nicholas Serota – o diretor da Tate -, citado pelo The Guardian, este fundo tem “uma especial importância nos dias de hoje, em que o capital disponível para aquisições é cada vez mais limitado.”
[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]