Esta medida surge na sequência do encerramento de 13 escolas primárias no Peso da Régua, conforme previsto na carta educativa elaborada em 2007. As novas escolas, instaladas na Régua e em Godim vão, então, acolher os 800 alunos do primeiro ciclo do ensino básico daquele concelho.
“Esta frota vai dar resposta ao reordenamento da rede escolar. A nossa estratégia foi afetar uma viatura a cada freguesia para fazermos uma ligação directa e menos morosa com os centros escolares”, explicou o vice-presidente da autarquia da Régua, José Manuel Gonçalves, em declarações à agência Lusa.
Ainda assim, a concentração dos alunos na cidade da Régua causou descontentamento em algumas aldeias do concelho, como Poiares, cuja população promoveu um abaixo-assinado contra o encerramento da escola e as deslocações “difíceis” por estradas “íngremes e sinuosas”.
José Manuel Gonçalves espera que alguns ânimos se exaltem no reinício do ano letivo, mas acredita que rapidamente se “vão esbater dúvidas e desconfianças” depois de estar a funcionar a rede de transportes e os centros escolares.
Os novos veículos custaram 900 mil euros à Câmara e a manutenção de toda a frota tem um custo anual estimado em 350 mil euros. Contudo, José Manuel Fernandes revelou à Lusa que é esperada uma comparticipação a 50% do Ministério da Educação.
“A câmara está a aguardar as conclusões das negociações entre a Associação Nacional de Municípios e o Estado para ver qual vai ser a comparticipação. Quando fizemos esta reorganização tomamos como referência um apoio de 50 por cento, valor semelhante ao que neste momento é atribuído aos transportes com os alunos do 2.º e 3.º ciclos”, referiu o autarca.
Recorde-se que a lista das escolas que estarão encerradas já no próximo ano letivo foi divulgada a 19 de agosto pelas Direcções Regionais de Educação. No total, 701 estabelecimentos de ensino fecham as suas portas, de Norte a Sul do país.
[Notícia sugerida pela utilizadora Raquel Baêta]