O projeto de fruta nas escolas, iniciado apenas neste ano letivo, já abrange 45 por cento dos alunos do primeiro ciclo de escolaridade após 74 por cento dos concelhos portugueses terem aderido à iniciativa. Ao todo, 250 mil crianças recebem a of
O projeto de fruta nas escolas, iniciado apenas neste ano letivo, já abrange 45 por cento dos alunos do primeiro ciclo de escolaridade após 74 por cento dos concelhos portugueses terem aderido à iniciativa. Ao todo, 250 mil crianças recebem a oferta de duas peças de fruta semanalmente, durante o lanche. “Este projeto é estruturante, não só no combate à obesidade. Uma das condições é que a fruta seja certificada e comprada de preferência a produtores locais, o que é também um incentivo à sustentabilidade social”, comentou Pedro Graça, coordenador da Plataforma Nacional Contra a Obesidade, em declarações à agência Lusa.
Ainda de acordo com Pedro Graça, o Regime de Fruta Escolar pode ganhar particular importância dada a crise económica que afeta grande parte das famílias portuguesas neste momento.
“Se os alimentos mais baratos forem os menos saudáveis, todo o esforço pode ser afetado por condições económicas das pessoas. Hoje parece haver uma relação forte entre produtos mais calóricos e menos saudáveis e o preço baixo. Come pior e com mais calorias quem tem menos dinheiro. São evidências apontadas um pouco pelo mundo inteiro”, sublinha.
No entanto, Pedro Graça ressalva que “há também uma consciência por parte das empresas que produzem refeições para as escolas sobre os buffets, sobre o que deve ser promovido e o que deve ser proibido”, adiantou à agência Lusa.
Para aderir ao projeto, as autarquias devem candidatar-se ao financiamento junto do Instituto do Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP). O Ministério da Saúde encarrega-se posteriormente de distribuir a lista de frutos e produtos elegíveis.
Segundo dados relativos a 2009, um terço das crianças portuguesas entre os dois e os cinco anos estão em estado de pré-obesidade ou obesidade. Na adolescência, os casos verificados rondam os 30 por cento.