A técnica inovadora, pioneira no mundo, alia células estaminais da estrutura dos dentes de leite humanos a outros biomateriais, formando um composto passível de ser implantado. Em pacientes cujos ossos necessitem de regeneração, esta operação acelerará o crescimento, facilitando significativamente o processo de reconstrução.
De acordo com as informações avançadas pel'O Globo, o novo método pode permitir a regeneração de grandes defeitos ósseos não só com maior rapidez, mas também com menores custos e menor agressividade. O sofrimento do paciente será reduzido, uma vez que não é necessário retirar ossos de outras áreas do corpo para serem introduzidos na área da perda óssea.
O uso das células-tronco dos dentes de leite conduz, ainda, a um menor risco de rejeição do implante, referem os investigadores. As recentes descobertas podem vir a beneficiar tanto a medicina regenerativa como a engenharia de tecidos, através da criação de novos processos cirúrgicos que sejam mais seguros para os pacientes.
A investigação foi conduzida pelo dentista brasileiro Julio Cezar Sá Ferreira, presidente da Academia Brasileira de Osseointegração, e pela geneticista russa Irina Kerkis, diretora do Laboratório de Genética do Instituto Butantã. O estudo contou, também, com a colaboração dos odontólogos brasileiros Sérgio Jayme e Camila Oliveira, de são Paulo, Brasil.