Saiu da Síria há sete meses, chegando à Grécia a nado. No mar, ajudou os seus companheiros a sobreviver. Agora, a refugiada Yusra Mardini está em Berlim e "corre o risco" de se qualificar para as provas de natação dos Jogos Olímpicos Rio 2016.
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Saiu da Síria há sete meses, chegando à Grécia a nado. No mar, ajudou os seus companheiros a sobreviver. Agora, a refugiada Yusra Mardini está em Berlim e “corre o risco” de se qualificar para as provas de natação dos Jogos Olímpicos Rio 2016.
Já está habituada a esforçar-se. Há sete meses, quando chegou à Turquia, meteu-se numa embarcação superlotada em direção à Grécia. No caminho, o barco teve um problema no motor e parou.
Yusra e a sua irmã Sarah saltaram para a água e nadaram os últimos 300 metros até chegar à ilha de Lesbos. Pelo caminho foram empurrando o barco onde seguiam outros refugiados. As duas irmãs – mais outra mulher – eram as únicas pessoas a bordo que sabiam nada.
Em 2012 esteve no Campeonato do Mundo da Turquia. Mas Yusra Mardini, que fugiu da guerra Síria com a sua irmã Sarah, admite que, nos últimos tempos, ser uma nadadora de competição síria foi um desafio.
“A guerra foi dura, às vezes não podíamos treinar por causa dos conflitos, outras vezes os treinos eram interrompidos porque deixavam bombas na piscina”, conta a jovem síria num comunicado de imprensa emitido pelo Comité Olímpico a que o Boas Notícias teve acesso.
Mardini espera integrar a equipa de atletas de alto nível composta por refugiados que vai participar nos Jogos Olímpicos e desfilar sob a bandeira olímpica na Cerimónia de Abertura do Rio2016.
Pouco depois de chegar à Alemanha, Yusra visitou o Wasserfreunde Spandau 04, um clube de natação perto do centro de refugiados onde está a viver. É ali que a jovem síria treina todos os dias para atingir os mínimos olímpicos necessários para a qualificação.
“Mesmo que falhe vou tentar mais uma vez e mais uma e mais uma. Quero mostrar a toda a gente que é difícil concretizar um sonho mas não é impossível”, garante Yusra.
Por estes dias, Mardini tem uma única prioridade: conseguir a qualificação para poder dar esperança às pessoas. “Quero inspirar as pessoas. Quero mostrar que quanto temos um problema na vida isso não quer dizer que tenhamos que ficar sentados a chorar. Na realidade, foi o meu problema que me trouxe aqui (…) por isso sou a prova de que qualquer pessoa pode fazer o que o seu coração deseja”.
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