Os portugueses receberam de braços abertos este aguardado regresso, comprovando como a Red Bull Air Race chama tanto os admiradores da aviação desportiva, como os simples curiosos que não resistem a um espectáculo como este. Os pilotos que por cá tinham competido entre 2007 e 2009, recordavam-se do ambiente fantástico que acompanhava a corrida, pelo que ficaram muito satisfeitos por ter novamente a possibilidade de voar sobre um cenário fantástico. Por um lado, a multidão que de olhos no céu vibrava com a passagem dos aviões, por outro, um centro histórico, Património Mundial, oferece uma paisagem maravilhosa que os pilotos puderam admirar de uma perspectiva privilegiada.
Claro que quando a competição começa não há tempo para admirar mais nada que não sejam os pórticos. Com a luta pelo campeonato ao rubro, os pilotos não se pouparam. Foram rondas de enorme emoção e indefinição. Kirby Chambliss era um dos principais favoritos, mas sofreu uma penalização de dois segundos na final 4 e ficou assim arredado de conquistar a sua terceira vitória consecutiva. Se não tivesse cometido esse erro, teria ganho (1:09.141). Aproveitou Sonka. O piloto checo tirou Chambliss da liderança do campeonato com o tempo de 1:07.229.
Lidera agora o campeonato com 54 pontos, mais quatro que Peter McLeod, com Kirby Chambliss a cair para terceiro (47), quando ficam a faltar duas corridas para o final: Lausitz, Alemanha, e Indianáplos, EUA. “Foi um bom resultado. Era uma corrida chave. Nas últimas somei penalizações e estava na altura de correr bem de novo. Não podia estar mais feliz e sabe bem estar na liderança”, disse Sonka.
Em segundo lugar ficou Pete McLeod (1:07.342). O canadiano esteve muito forte durante o fim de semana e foi o mais rápido na qualificação pela quarta vez consecutiva. Mas mais uma vez não conseguiu transformar esse resultado numa vitória, continuando a somar segundos lugares. O australiano Matt Hall (1:08.508) fechou o pódio, algo especial por duas razões: foi precisamente no Porto onde subiu pela primeira vez ao pódio na carreira e porque está a ter uma época abaixo do esperado, depois de duas a lutar pelo título.
Na Challenger Class, Florian Bergér – campeão em título e líder do campeonato – dominou na sexta-feira e sábado, mas acabou por ficar em segundo, batido pelo americano Kevin Coleman (1:19.019), que ontem tinha feito o pior dos tempos na qualificação. Bergér foi apenas 0.177 mais lento que o vencedor. A fechar o pódio ficou a primeira mulher a participar nesta competição, a francesa Mélanie Astles (1:19.756).