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A Universidade do Texas, nos EUA, está a desenvolver uma iniciativa pioneira de reciclagem de pacemakers para que doentes que vivam em países onde o acesso a esta tecnologia médica é difícil possam ter direito a uma nova vida.
Um destes países é a Índia e é precisamente o povo indiano que os médicos norte-americanos têm vindo a apoiar através de uma parceria com o Holy Family Hospital de Bombaim.
Com esse propósito, milhares de pacemakers têm sido retirados de pacientes que faleceram com a autorização da família. Após voltarem a ser testados e devidamente limpos, os dispositivos em boas condições são enviados para a instituição hospitalar indiana.
Aí passam por novos testes e por mais um cuidadoso processo de esterilização e podem, por fim, ser reutilizados. “Como acontece com muitas outras coisas, os pacemakers podem reciclar-se”, explica Bharat Kantharia, da Faculdade de Medicina da Universidade do Texas, ao American Journal of Cardiology.
Até ao momento, já foram implantados pacemakers em mais de 50 doentes e os resultados têm sido muito positivos, mostrando que esta é uma prática segura desde que se sigam todas as precauções necessárias.
De acordo com Kantharia, além de permitir salvar vidas, a reutilização dos pacemakers também possibilita uma “redução significativa de custos”, o que tem especial importância para pacientes em situações de pobreza que de outra forma não teriam meios para adquiri-los.
Estima-se que em, em todo o mundo, entre um e dois milhões de pessoas percam a vida anualmente por não terem acesso a estes aparelhos, responsáveis pela manutenção de um ritmo cardíaco normal.
[Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes]