O programa de rastreios que arrancou em abril deste ano no Douro Sul irá ser estendido a toda a região norte até 2012. Fernando Araújo da ARS Norte salienta que este é um programa “ambicioso”, “há muito solicitado” pelos médicos e pacientes e que “finalmente” está a ser posto em prática.
O mesmo responsável prevê que seja feito o rastreio a 100 mil diabéticos por ano, dos quais cerca de 10 mil poderão precisar de tratamentos oftalmológicos.
Em relação ao investimento que representa este programa, Fernando Araújo garante que “o benefício será muito superior ao investimento feito” já que irá permitir evitar muitas cegueiras desnecessárias.
“Geralmente esta doença não tem sintomas e pode conduzir à cegueira. Se nós tivermos uma atuação em tempo útil podemos evitar esse desfecho”, salientou à Lusa Fernando Araújo.
Foram rastreados até ao final do primeiro semestre cerca de 2.000 diabéticos, provenientes dos concelhos de Tarouca, Armamar, Tabuaço, Penedono, São João da Pesqueira e Sernancelhe, com uma taxa de participação de 61%.
Segundo dados da ARS, nesse período foram detetados cerca de uma centena de casos com necessidades de tratamento, equivalendo a cerca de cinco por cento do total de rastreados.
Retomado na última semana, o centro oftalmológico da Régua está agora a rastrear os pacientes de Lamego. Em outubro vai estender-se ao distrito de Vila Real e alargar-se aos centros hospitalares do Nordeste, Entre Douro e Vouga, Porto, Hospital de São João e Unidade Local de Saúde do Alto Minho. As restantes unidades serão abrangidas em 2011.