A procura externa das latas de conservas Ramirez não pára de crescer. Segundo o Expresso, estes aumentos estão a obrigar a conserveira a aumentar a capacidade e a avançar rapidamente com a sua nova fábrica, em Matosinhos, para evitar a recusa de encomendas.
A nova fábrica implica um investimento de 16 milhões de euros e está pronta para avançar – com terreno e projeto concluído – estando a empresa apenas à espera da aprovação da classificação PIN (Projetos de Interesse Nacional) para facilitar os processos de aprovações.
Para avançar com a nova unidade, falta também a garantia do financiamento que está, em parte, dependente dos juros da banca. O presidente da Ramirez, Manuel Ramirez, garantiu ao Expresso que não aceitará “taxas exorbitantes” que comprometam a viabilidade do projeto. Cinquenta por cento do financiamento será assegurado pelo fundo comunitário Promare.
Caso surja algum entrave à construção da nova fábrica, a Ramirez poderá ampliar e modernizar as atuais instalações, mas a empresa alerta que o défice de espaço seria sempre um fator de estrangulamento e dificilmente cumpriria o objetivo de duplicar a produção.
A produção da Ramirez tem beneficiado, em parte, da turbulência que se vive em Marrocos. De acordo com o Expresso, a conserveira nota um aumento sobretudo da Alemanha e de Angola, que anteriormente previligiavam o mercado marroquino.
O resultado é um recorde absoluto de exportações que comprensam a descida, em cerca de 10%, das vendas no mercado interno. Neste momento, o mercado externo representa um peso de 60% na faturação da Ramirez. A empresa sublinha, no entanto, que não descura a distribuição nacional da marca.