Segundo o jornal Finantial Times, esta cerca demorou 20 anos a ser construída e rodeia os 400 quilómetros do parque. A importância deste espaço está especialmente na água. Esta é uma das “torres de água” do Quénia, que são zonas altas florestadas que apanham o vapor de água e ajudam à formação de chuva, um recurso raro em África.
Um estudo apresentado agora por Achim Steiner, diretor executivo da Grupo de Trabalho da Floresta do Quénia (UNEP) e Colin Church, do Rhino Ark, uma ONG que apoia a biodiversidade no Quénia veio confirmar que “a cerca melhorou a condição de vida de milhões de pessoas do Quénia central”.
“A cerca melhorou também a cobertura florestal, tornou a vida das populações locais mais segura e também a da vida selvagem”, lê-se no comunicado divulgado pelo Rhino Ark.
Este estudo foi requisitado pelo Rhino Ark, responsável pela cerca e financiado pelo Serviço de Vida Selvagem do Quénia, Serviço da Floresta do Quénia e pelo Movimento Greenbelt. As suas conclusões permitem afirmar que a cerca melhora a vida para todos: os agricultores, os interesses globais e nacionais que derivam de Aberdare ser uma “fonte” essencial de água, a floresta e a biodiversidade.
A água daquela região é consumida pelos agricultores locais, pelas famílias da Nairobi, a capital queniana, e também pelas indústrias do chá.
A cerca foi terminada em 2009 e os resultados do estudo afirmam que entre 2005 e 2010, a floresta cresceu 20 por cento.
[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]