Há novos habitantes para conhecer no Fluviário de Mora. Quatro crias de lontra-de-garras-curtas, descendentes das lontras Mariza e Cristiano Ronaldo, nasceram naquele espaço alentejano na terceira semana de Agosto.
Há novos habitantes para conhecer no Fluviário de Mora. Quatro crias de lontra-de-garras-curtas, descendentes das lontras Mariza e Cristiano Ronaldo, nasceram naquele espaço alentejano na terceira semana de Agosto, constituindo-se como a quarta ninhada do casal que o Fluviário acolheu em 2007, ano de abertura.
Em comunicado, o Fluviário de Mora revela que as quatro crias se estão a desenvolver ao ritmo desejado: já começaram a dar os primeiros passos e a comer alimentos sólidos e têm sido, além de alvo dos cuidados dos pais, o centro das atenções dos seus oito irmãos mais velhos, “ativamente envolvidos” neste início de vida.
No futuro, e com o crescimento dos bebés, “não faltarão os cuidados, muitos e diversos, e até as aulas de natação com os primeiros mergulhos, sempre vigiados pelos adultos”, prometem os responsáveis do Fluviário, lembrando que a primeira ninhada de lontras-de-garras-curtas ali nasceu em 2011, “depois de um longo período de espera”.
Valeu a pena esperar porque, desde essa altura, a lontra Mariza – batizada em homenagem à fadista portuguesa – tem sido mãe todos os anos: às três primeiras crias (Anita, Faísca e Bolota) seguiram-se outros três bebés “saudáveis” e “brincalhões”. Em 2013, a família voltou a aumentar com o nascimento de dois novos filhotes.
Segundo o Fluviário de Mora, estes animais pertencem a uma “espécie asiática” denominada “lontra-de-garras-curtas (“Amblonyx cinereus)” e que, “ao contrário da lontra-europeia (“Lutra lutra”), que também integra a coleção do Fluviário de Mora, forma núcleos familiares com mais de uma dezena de indivíduos”.
Quando se unem, os casais de lontras-de-garras-curtas, espécie protegida e classificada como Vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, ficam juntos durante toda a vida, sendo que apenas o par dominante é responsável pela reprodução.
A tendência para a diminuição da população destes animais, causada, em particular, pela perda de habitat, faz com que o nascimento das quatro crias assuma um significado ainda mais especial.
“O Fluviário de Mora vê, assim, recompensados os seus esforços por produzir condições de grande qualidade – desde infraestruturas a cuidados levados a cabo pelos tratadores e equipa – que permitem a reprodução” das lontras-de-garrafas-curtas, finaliza a nota de imprensa.
O Fluviário, que conta com mais de 600 exemplares de 70 espécies de animais aquáticos e terrestres de todo o mundo, foi inaugurado em 2007 e, desde a abertura, já recebeu mais de 700.000 visitantes.
Notícia sugerida por Elsa Martins