Em comunicado de imprensa, os investigadores do MPEG afirmam que o primata Mico rondoni (foto abaixo) merece destaque entre as novas descobertas por ter sido o primeiro mamífero da Amazónia cuja descrição envolveu um trabalho interdisciplinar em morfologia externa e do crânio, biologia molecular, ecologia e comportamento.
Contudo, a equipa do MPEG consegui reunir dados suficientes para catalogar a nova espécie. Os investigadores alertam, no entanto, que a nova espécie está ameaçada pela intensa desflorestação da região.
Entre batráquios, o destaque vai para o Allobates grissimilis (na foto grande), uma espécie de sapo que mede apenas 16 milímetros de comprimento. A espécie foi encontrada num afluente da margem direita do rio Madeira, no estado do Amazonas.
Ainda na Rondónia foram descobertas recentemente novas espécies de aves, como a Hylophylax naevius, popularmente conhecida como guarda-floresta. Esta nova ave ainda não foi descrita, o que indica que muitas espécies ainda estão por surgir.
Segundo a equipa do MPEG, as pesquisas com análises genéticas aliadas a outras especialidades podem auxiliar a detetar espécies que, à primeira vista, parecem ser a mesma. Recentemente, foi encontrada a nova espécie torom-de-alta-floresta (Hylopezus whittakeri), “escondida” entre as populações de torom-carijó (Hylopezus macularius) depois de investigarem diferenciações na genética, na morfologia e no canto.
Com as análises genéticas, o número de aves conhecidas no Brasil deve duplicar até 2050. O país já é o segundo com a maior diversidade de aves conhecidas registando 1.840 espécies diferentes.
Mais de 100 novas espécies de aranhas
Alexandre Bragio Bonaldo, zoólogo do MPEG, explica que a equipa acabou por conseguir registar um elevado número de novos aracnídeos grças à participação do Museu, desde 2007, no Planetary Biodiversity Inventory (PBI).
Este projeto funciona em rede e dedica-se ao estudo das aranhas envolvendo 20 instituições de todo mundo, permitindo que os especialistas descrevam as espécies numa plataforma online.
Veja AQUI as fotos de algumas das espécies registadas pelo museu.