Poderá ser uma forma de potenciar o turismo e de reaproveitar as linhas de comboio desativadas do país. O protótipo deste quadriciclo enquadrada-se na prática do 'rail biking', uma atividade económica lucrativa em vários países da Europa.
Poderá ser uma forma de potenciar o turismo e de reaproveitar as linhas de comboio desativadas do país. O protótipo deste quadriciclo enquadrada-se na prática do 'rail biking', uma atividade económica lucrativa em vários países da Europa.
A adoção da plataforma móvel, designada “Rail Bike Adaptor” (RBA), “poderá potenciar o turismo e o comércio local”, afirma Carlos Nuno Barbosa, investigador do Departamento de Engenharia de Polímeros da Universidade do Minho (UMinho) e um dos responsáveis deste projeto.
A ideia desenvolveu-se no âmbito do doutoramento Líderes para Indústrias Tecnológicas promovido pelo programa MIT-Portugal. Tecnicamente, o RBA é uma plataforma móvel, cuja tração é feita a partir de uma ou duas bicicletas, para circular em linhas férreas desativadas, seja em regime de lazer, fruição da natureza ou de atividade física.
“O seu caráter inovador está na flexibilidade, no sistema de tração, na leveza do equipamento e mesmo no facto de se ter adaptado duas bicicletas na mesma plataforma”, revela Carlos Nuno Barbosa, num comunicado enviado ao Boas Notícias.
O protótipo já está patenteado e os promotores têm vindo a contactar empresas e parceiros interessados na compra e uso deste produto, “nomeadamente municípios e empresas que operem, preferencialmente, na área do turismo e lazer”.
O investigador sublinha que “o rail biking já é uma atividade económica lucrativa em vários países da Europa, como a França, Alemanha e Reino Unido”.
800 km de linha férrea abandonada em Portugal
O desenvolvimento do RBA tem passado pela promoção de contactos com as empresas-parceiras e os clientes finais, mas a REFER e as autarquias são instituições essenciais no processo porque lhes compete tutelar as ferrovias em atividade e as abandonadas.
Neste particular, os promotores fizeram um levantamento que revelou haver “cerca de 800 km de linha férrea abandonada, sendo boa parte presente no Norte do país”, revela Carlos Barbosa.
A invenção deste quadriciclo teve a colaboração dos investigadores Carlos Nuno Barbosa e Jorge Marques (UMinho), João Figueiredo, Miguel Oliveira e Lídia Teixeira, (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto), além dos docentes Eduardo Beira e António Araújo. Entretanto, enquanto desenvolvem, implementam e tentam afirmar este produto, os promotores anunciam estar a “trabalhar na evolução do protótipo e numa outra versão, baseada em skates, para explorar o mesmo conceito”.
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