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Em breve, as crianças com deficiência poderão ampliar os seus horizontes de brincadeira. A esperança é trazida por um grupo de jovens estudantes da Guarda, que está a desenvolver uma pulseira que permitirá acionar brinquedos eletrónicos com um simples toque.
Este sistema inovador está a ser criado no âmbito do projeto Co(n)tacto, cujo objetivo é adaptar brinquedos e construir novos equipamentos para serem utilizados autonomamente por crianças e jovens com deficiência.
O coordenador do projeto explicou à Lusa o funcionamento da nova pulseira: “A ideia é adaptar o comando do brinquedo com uma ficha que fará a ligação à pulseira que, por sua vez, com um simples toque irá comandar o controlo remoto do brinquedo”.
Ou seja, “os movimentos na pulseira equivalem às instruções no comando, por assim dizer”, acrescenta Tiago Caldeira, recém-licenciado em engenharia eletrotécnica.
O especialista em robótica destacou a importância da adaptação dos brinquedos que, sendo muito simples, pode fazer uma enorme diferença. “A simples colocação de um interruptor acessível num brinquedo pode significar para uma criança com deficiência brincar ou não com ele”, afirmou Tiago Caldeira.
Ao contrário do que os fabricantes têm em mente ao fazer “brinquedos para as massas” – tornar os interruptores discretos para “não se notarem muito” – aquilo que estes jovens pretendem é torná-los práticos: “o que nós queremos é que seja possível ligar o brinquedo, nem que seja com um murro, para que todos possam brincar com ele de forma autónoma”, destacou o coordenador.
A pulseira que agora se encontra em desenvolvimento é destinada a crianças com deficiências muito profundas e, de acordo com Tiago Caldeira, deverá ficar concluída até ao final do ano.