Saúde

Pulmões: Cirurgia inovadora dispensa anestesia geral

Uma equipa de cirurgiões e anestesistas do Serviço de Cirurgia do Hospital Santa Maria, em Lisboa, operou um doente com cancro de pulmão através de uma técnica inovadora que não necessita de anestesia geral.
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O Serviço de Cirurgia do Hospital Santa Maria, em Lisboa, extraiu de um doente com cancro parte do pulmão infetado pela doença, através de uma técnica inovadora que não necessita de anestesia geral. 
 
No passado dia 30 de Abril, uma equipa do Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do Hospital de Santa Maria – Centro Hospitalar Lisboa Norte (HSM-CHLN) realizou, num doente com cancro de pulmão, uma Cirurgia Torácica Vídeo Assistida (VATS) com recurso apenas a anestesia local.
 
A técnica aplicada apresenta diversas vantagens: é minimamente invasiva e dispensa anestesia geral, dispensando que os doentes sejam entubados e reduzindo os custos da intervençãi.

Esta é uma prática inédita em Portugal e rara no mundo, sendo apenas praticada em grandes centros de Cirurgia Torácica de países como a China, Rússia, Espanha e Reino Unido. 
 


Este método nunca tinha sido aplicado em Portugal, pelo que a cirurgia contou com a presença do cirurgião Diego González-Rivas, do Hospital da Corunha, responsável pelo desenvolvimento da técnica da “porta única vídeo assistida” que permite o acompanhamento da intervenção através de vídeo.
 
Há três anos que uma equipa de três cirurgiões do Serviço de Cirurgia Torácica do Hospial de Santa Maria – o diretor Ângelo Nobre, numa colaboração estreita com o Serviço de Anestesia do HSM-CHLN, liderado pelo médico Lucindo Ormonde – se dedicam ao aprofundamento desta técnica. 
 
Neste momento, esta técnica minimamente invasiva já foi aplicada em dois pacientes em Portugal com cancro de pulmão. Ambos os pacientes já tiveram alta, encontrando-se bem, revela o Hospital de Santa Maria em comunicado ao Boas Notícias.
 
A experiência adquirida através da aplicação cirurgia torácica vídeo assistida (VATS) de porta única aliada à modernização dos instrumentos cirúrgicos e ao recurso a câmaras de alta definição vem permitir que cada vez mais resseções pulmonares (retirada de parte do pulmão) possam ser realizadas através do recurso à Cirurgia Minimamente Invasiva. 
 
O objetivo do desenvolvimento desta técnica é diminuir o trauma cirúrgico no paciente (que além dos perigos da anestesia geral torna a recuperação mais difícil) normalmente mais pronunciado pelos métodos mais conhecidos.
 
Problemas como o trauma das vias aéreas associado à entubação, a lesão pulmonar causada por ventilação, os sintomas de origem neuromuscular, bem como as náuseas e os vómitos sentidos, muito frequentes no período pós-operatório, após o recurso a anestesia geral, são os principais problemas a serem resolvidos com a utilização deste método.

Notícia sugerida por Maria Pandina

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