A APAV, em parceira com a PSP de Ponta Delgada, nos Açores, inaugurou esta segunda-feira um projeto piloto que visa facilitar o apoio psicológico, social, jurídico e emocional às vítimas de crime.
Neste novo serviço, deixa de ser o queixoso a ter de contactar a Associação de Apoio à Vítima. Depois de preenchidos aos respetivos formulários, na PSP, é a própria associação que entra em contacto com a vítima, num prazo máximo de cinco dias, sendo que nos casos mais urgentes esse prazo será de uma hora.
Segundo explicou Helena Costa, coordenadora da Associação de Apoio à Vítima (APAV), ao Boas Notícias, o objetivo é disponibilizar “um serviço mais confortável para quem sofreu um trauma enquanto vítima de um crime”.
“Este sistema de referenciação, inédito em Portugal, mas já existente na Holanda e Reino Unido, abrange todas as vítimas de crimes, porque precisam de apoio imediato e desconhecem algumas questões jurídicas e a existência de apoio”, afirmou Helena Costa.
Este projeto destina-se a qualquer vítima de crime, desde as “vítimas de violência doméstica, aos turistas vítimas de furto, idosos, homens vítimas de crimes, vítimas de crimes sexuais, agressões no seio da própria família e ainda familiares e amigos de vítimas de homicídio, entre outros”, acrescenta Helena Costa.
O acesso a este novo serviço de apoio é gratuito. A vítima só tem de preencher um folheto com a sua identificação, uma descrição do sucedido e a autorização a consentir o contacto com a APAV.
Cerca de 60 agentes policiais já receberam formação da APAV mas, nesta fase inicial de implementação, os técnicos da APAV vão permanecer na esquadra, pelo menos nas horas de maior afluência.
Apesar do projeto piloto arrancar na Esquadra da PSP de Ponta Delgada, Helena Costa espera que este venha a ser alargado ao arquipélago e depois ao Continente.