Trabalhadores de várias empresas instaladas em Portugal conseguiram, este ano, aumentos salariais na sequência de processos reivindicativos ou de luta.
Trabalhadores de várias empresas instaladas em Portugal conseguiram, este ano, aumentos salariais na sequência de processos reivindicativos ou de luta. A informação é da CGTP, que divulgou os dados através de um documento dado a conhecer esta segunda-feira.
Em declarações à Lusa, Armando Farias, da comissão executiva da Intersindical, afirmou que “a luta está a dar resultados. Muitos trabalhadores conseguiram aumentos salariais depois de processos de luta ou de ameaças de luta”.
A central sindical efetuou um levantamento, a que a Lusa teve acesso, de mais de 30 empresas nas quais foram acordados aumentos salariais nos primeiros dois meses do ano, com efeitos retroativos a 1 de janeiro. Em média, os aumentos variam entre os 1,5% e os 3%.
A Renova, a Seda Ibérica e a Key Plásticos foram algumas dessas empresas, onde a negociação resultou em aumentos salariais de 1,5%. Já no caso da Continental Mabor, a subida dos ordenados foi de 2,2%, a dos prémios de antiguidade foi de 3,5% e a do subsídio de refeição de 3%.
Na Fima, na Olá Gelados e na Farame os aumentos salariais foram na ordem dos 3% e, noutras empresas como a Ribermolde ou a Shafler, os aumentos foram nominais, variando entre os 20 e os 30 euros, respetivamente.
Segundo a CGTP, todos estes aumentos foram conseguidos na sequência da apresentação de cadernos reivindicativos por sindicatos que negociaram diretamente com as empresas.
“Tendo em conta o bloqueio na contratação coletiva, aconselhámos os sindicatos a apresentar cadernos reivindicativos para negociação direta com as empresas e isso deu resultados”, notou Armando Faris.
No entanto, de destacar que foram também conseguidos alguns aumentos no âmbito de acordos coletivos de trabalho, como o do comércio retalhista do distrito de Bragança, com um aumento de 1,5%.
Na Saint Gobain foram conseguidos aumentos de 2,8%, assim como na Gallovidro e na Santos Barbosa, por via da revisão do Acordo Coletivo de Trabalho.
[Notícia sugerida por Vítor Fernandes]