No âmbito do projeto International HIV Controller Study, mais de 300 cientistas de mais de 200 instituições no mundo – entre as quais o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e o Hospital de São João, no Porto – compararam os genomas de quase mil pessoas nas quais o vírus não se desenvolveu com os de 2600 pessoas sem resistência natural face ao VIH.
Finalmente, foi possível concluir que as variações em causa afectam cinco componentes de base (ou aminoácidos) de uma proteína chamada HLA-B, essencial à eliminação das células atingidas pelo vírus, avança a revista Nature.
“O facto de sabermos como é gerada uma resposta imunitária eficaz contra o VIH é um passo importante no sentido de conseguirmos induzir essa resposta com uma vacina. Ainda temos um longo caminho pela frente até conseguirmos traduzir este resultado num tratamento para os doentes e numa vacina para impedir a infeção, mas demos um importante passo nessa direção”, declarou Bruce Walker, do Ragon Institute, co-autor do estudo.
[Notícia sugerida pela utilizadora Fernanda Gonçalves]