Uma proteína presente nas claras de ovo poderá ajudar a reduzir a hipertensão arterial, um dos principais fatores de risco nas doenças cardíacas.
Uma proteína presente nas claras de ovo poderá ajudar a reduzir a hipertensão arterial, um dos principais fatores de risco nas doenças cardíacas. A conclusão é de um grupo de investigadores chineses que acredita que o seu consumo poderá auxiliar os pacientes no controlo da tensão.
Os cientistas da Universidade de Jilin, na China, descobriram um peptídeo – um pequeno fragmento de proteína – capaz de reduzir a hipertensão arterial com a mesma eficácia que um fármaco normalmente prescrito para esta patologia, o Captopril.
Os investigadores deram este peptídeo, denominado RVPSL, a ratinhos com tensão arterial elevada e observaram que a administração da proteína atenuou os sintomas. Agora, avança a imprensa internacional, a equipa espera poder dar início a um ensaio clínico em humanos.
A descoberta foi dada a conhecer durante a conferência nacional da American Chemical Society, que decorreu recentemente em Nova Orleães, nos EUA. “O peptídeo da clara de ovo poderá ser útil para tratar ou prevenir a hipertensão”, afirmou Zhipeng Yu, que coordenou a investigação.
Segundo os especialistas, 50 miligramas do peptídeo RVPSL aparentam ter o mesmo efeito que 10 miligramas de Captopril, um dos inibidores de uma enzima que contribui para a hipertensão arterial.
Além disso, esta proteína parece sobreviver a altas temperaturas, pelo que o facto de cozinhar os ovos não lhe retira as suas propriedades. Desta forma, o consumo de claras de ovos poderá ser uma forma eficaz de ajudar os pacientes a manterem a pressão arterial baixa, em especial se combinado com medicação para o problema.
Os ovos têm sido descritos, durante muito tempo, como sendo prejudiciais para a saúde devido ao elevado teor de colesterol, mas várias investigações recentes sugerem que, afinal, são mais saudáveis do que os especialistas eram levados a querer.