A missão deste projeto é assim combater a grave delapidação do património azulejar português que registou o pico no número de roubos nos anos de 2000, 2001, 2002 e 2006.
“Estamos a falar de furtos registados, ou seja, que foram alvo de queixa na polícia. Sabemos, contudo, que há muito mais azulejos furtados que não são alvo de queixa e que portanto não são registados nem constam desta estatísticas”, explica ao Boas Notícias fonte do Museu da Polícia Judiciária por email.
As áreas em que se registam mais furtos são quase na sua totalidade a Lisboa e arredores. O Museu da Polícia Judiciária adianta “a título de exemplo, que se falarmos com a Câmara do Porto, indicar-nos-ão que existem muitos furtos de azulejos – contudo, a PJ não tem um único registo de furto de azulejos nessa zona.”
A principal missão do Projeto SOS Azulejo é essencialmente conservativa e preventiva, por isso mesmo o site do Projeto SOS Azulejo disponibiliza contactos de emergência para que as pessoas que presenciem ou notem o roubo de azulejos possam denunciar o furto e alertar a equipa do projeto SOS Azulejo.
“As Brigadas de Obras de Arte da PJ recebem queixas concretas de furtos efectuados; o Projecto SOS Azulejo recebe informações e denúncias no seu site ou no facebook, que investiga e remete para quem de direito (consoante se tratar de furtos ou ausência de cuidados de conservação, p.ex.)”, explica a fonte da SOS Azulejo. O Projeto SOS Azulejo lamenta contudo que parte dessas denúncias seja pouco atempada.
No âmbito da preservação deste importante património, o projeto SOS organiza seminários sobre como salvaguardar o património azulejar, é responsável pela elaboração e publicação de um Manual de Conservação e Restauro de Azulejos Históricos e Artísticos para profissionais e estudantes de conservação e restauro.
Organiza ainda workshops e ações de formação sobre conservação e restauro de azulejos históricos e artísticos, em colaboração com as Câmaras Municipais e instituições culturais de prestígio ou a ordem dos Arquitectos.
Para saber mais sobre o Projeto SOS Azulejo visite o site oficial ou o perfil da iniciativa no Facebook.