Um projeto português vai iluminar as casas de centenas de famílias da Guiné-Bissau e, ao mesmo tempo, dar-lhes formação para gerir uma central solar e a própria rede elétrica.
Um projeto português vai iluminar as casas de centenas de famílias da Guiné-Bissau e, ao mesmo tempo, dar-lhes formação para gerir uma central solar e a própria rede elétrica. Pelo nome 'Bambadinca sta claro' (em português,'Bambadinca está iluminada'), a iniciativa vai desafiar aquela aldeia a garantir a sustentabilidade do seu fornecimento de energia elétrica.
Para isso foi desde já construída uma central fotovoltaica híbrida de 312 kW, sendo que, nos próximos meses, será feita a instalação da rede elétrica em toda a zona de Bambadinca. Entre o total de 840 agregados familiares de Bambadinca, a ação tem como grupo-alvo os 400 mais carenciados.
“Esperamos poder fornecer energia a partir de Setembro”, refere David Afonso, coordenador do projeto, na sessão de apresentação do tarifário do Serviço Comunitário de Energia de Bambadinca.
O esboço prevê que as famílias mais carenciadas possam ter acesso a energia elétrica a partir de 7,5 euros por mês, mas o responsável acredita ser possível baixar ainda mais o valor.
O projeto prevê que cada agregado familiar aderente reduza a sua despesa em eletricidade (geradores privados de 24% para 10% do rendimento disponível, pelo têm vindo a ser levadas a cabo ações de formação, tanto a nível técnico, como a nível da gestão e administração.
Nas perspetivas estão também a fixação de novas empresas e a criação de novos postos de trabalho diretos e indiretos, naquele que é um dos países mais pobres do mundo e onde só 5% da população tem acesso a eletricidade.
O projeto é coordenado pela TESE – Associação para o Desenvolvimento pela Tecnologia, Engenharia, Saúde e Educação, financiado pela Cooperação Portuguesa, contando ainda com o apoio da Universidade de Lisboa.