O projeto português de requalificação das arribas da Foz do Arelho, nas Caldas da Rainha, da responsabilidade da arquiteta Nádia Schilling, acaba de ser escolhido para integrar um atlas mundial e está a cativar a atenção internacional.
O projeto português de requalificação das arribas da Foz do Arelho, nas Caldas da Rainha, da responsabilidade da arquiteta Nádia Schilling, acaba de ser escolhido para integrar um atlas mundial e está a cativar de tal forma a atenção internacional que vai ser dado a conhecer em revistas de vários países do mundo.
Em declarações à Lusa, Nádia Schilling, explicou que o projeto, que visa requalificar uma área de 800 metros de arribas e o sistema de dunas na praia da Foz do Arelho, só deverá estar concluído em Maio, revelando que, apesar disso, as imagens publicadas no seu site “estão a gerar interesse de publicações de vários países”.
Segundo a arquiteta, licenciada em Arquitetura Paisagista pela Universidade de Évora, este interesse cresceu desde o último Verão, depois de Nádia Schilling ter inserido as imagens do projeto na sua página na Internet e, em Novembro, ter sido surpreendida com um e-mail de uma editora suíça, a Braun, que a convidava “a integrar o projeto numa vasta seleção de projetos incríveis espalhados pelo mundo”.
A responsável aceitou o convite da editora e, em sequência do mesmo, o projeto vai ser publicado, já em Abril, no “Atlas of World Landscape Architeture”, um atlas da arquitetura paisagista a nível mundial, que será distribuído por todo o globo.
Entretanto, as fotografias da intervenção na Foz do Arelho vão correndo o mundo, quer em publicações impressas, quer online. Em Dezembro, por exemplo, o projeto foi dado a conhecer na revista World Landscape Architeture e, já em Janeiro, na publicação online espanhola Plataforma Arquitetura, onde “em dois dias atingiu muitas visualizações, 2.200 'likes' e muitas partilhas nas redes sociais”.
Projeto de requalificação promovido pela Câmara das Caldas da Rainha e pela Agência Portuguesa de Ambiente vai ser integrado em atlas mundial de arquitetura paisagista
Nádia Schilling tem sido, portanto, “surpreendida com vários pedidos de publicação”. A mais recente divulgação aconteceu esta semana na versão brasileira do portal Arch Daily e as próximas serão no Médio Oriente, através da revista Landscape ME, com sede no Dubai, e na Dinamarca, onde o projeto de requalificação das arribas vai ser apresentado na revista Grønt Miljø.
Ainda em Fevereiro, adiantou Nádia Schilling, o trabalho será publicado pela Topos Magazine, “uma das melhores e mais antigas revistas de arquitetura e de arquitetura paisagista”, publicação cujo interesse a arquiteta considera “uma honra”.
Além da receção de todos estes pedidos, a responsável pela requalificação na Foz do Arelho foi ainda contactada pela revista online de design “The Gooood Team”, também interessada no projeto e que recebe “1,3 milhões de visitas por mês e tem duplicado este número a cada seis meses”.
A arquiteta, que projetou passadiços e áreas de contemplação nos sete miradouros naturais da Foz do Arelho, diz-se satisfeita com a atenção despertada pelo seu trabalho mas faz questão de partilhar o mérito com “a magnífica paisagem” e a “vista incrível” do local.
O projecto, encomendado pela Câmara das Caldas da Rainha e pela Agência Portuguesa de Ambiente, foi iniciado em Setembro de 2008, mas a obra só arrancou em Janeiro de 2012.
A falência da empresa à qual foi adjudicada a requalificação ditou a paragem do projeto, atualmente em fase de adjudicação a um novo empreiteiro para que possa estar concluída até Maio deste ano.
Clique AQUI para saber mais sobre esta requalificação no site da arquiteta.