Um arquiteto sueco radicado em Portugal há 13 anos criou um programa de visitas guiadas destinado a mostrar a profissionais estrangeiros do setor do turismo as obras mais emblemáticas da arquitetura contemporânea nacional.
Um arquiteto sueco radicado em Portugal há 13 anos criou um programa de visitas guiadas destinado a mostrar a profissionais estrangeiros do setor do turismo as obras mais emblemáticas da arquitetura contemporânea nacional. O projeto, denominado “Lusitan Architecture Experience”, inclui passagens pelo Porto, Braga, Guimarães, Viana do Castelo e Lisboa.
Hans Ola Boman, que vive no nosso país há mais de uma década, começou por conciliar a arquitetura com o acolhimento de grupos organizados por uma agência de viagens sueca, a Style Scandinavia, mas, no início deste ano, decidiu dar uma nova dinâmica ao programa de visitas.
Assim se formalizou o conceito da “Lusitan”, alargando-se a sua abrangência linguística e técnica graças à inclusão na equipa de dois colegas de Ola Boman com quem trabalhara, em tempos, no gabinete de Siza Vieira – a búlgara Ina Valkanova e o japonês Ren Ito.
“Este tipo de visitas guiadas são uma prática com muita tradição no estrangeiro em países como a Suécia, por exemplo, onde os gabinetes de arquitetura organizam viagens para os seus colaboradores conhecem 'o último grito' e daí retirarem inspiração para o seu trabalho”, explicou Ola Boman à agência Lusa.
De acordo com o arquiteto, o projeto é “uma forma de turismo e uma espécie de atividade de exportação, com grande potencial de crescimento em mercados com esta tradição, mas também em países como a Alemanha, onde o mercado obriga a formação contínua, e a Suíça, onde são as universidades a organizar estas viagens”.
Consoante o número de participantes e os seus interesses de pesquisa, as visitas podem prolongar-se de um a três dias e, segundo Ola Boman, o destino mais procurado é a Invicta, com paragem obrigatória na Casa da Música – “que não tem assinatura lusa por ser do holandês Rem Koolhaas, mas é um marco da cidade com muita projeção internacional”, esclarece.
A visita recai sempre sobre obras contemporâneas e as edificações mais recentes, como o premiado edifício Vodafone, da autoria de José António Barbosa e Pedro Lopes, e o também distinguido bloco de apartamentos Living Foz, de Paulo Fernandes.
Se os clientes o solicitarem, os circuitos incluem podem incluir, ainda assim, além do “passeio” por estes pontos emblemáticos, uma abordagem à arquitetura clássica moderna, como, por exemplo, a de Marques da Silva, com a Estação de São Bento.
De salientar que os programas de visitas estão também disponíveis para o público português.
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