A patologista mais influente do mundo é Fátima Carneiro – Professora Catedrática da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e diretora do serviço de Anatomia Patologia do Centro Hospitalar São João (CHSJ).
A distinção foi atribuída à investigadora – que integra também Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da U.Porto (Ipatimup), atualmente integrado no i3S – pela revista cientifica “The Pathologist” que, ao longo de dois meses, inquiriu patologistas de todo o mundo sobre quem consideravam merecedor do título. O reconhecimento do eleitorado – que destaca as capacidades de Fátima Carneiro enquanto patologista e professora universitária –, valeram à médica portuguesa o primeiro lugar na lista de 100 posições elaborada pela revista britânica. Além disso, entre os colegas de profissão, Fátima Carneiro é destacada não só enquanto uma perita na sua área de especialidade, mas, também, pelas suas capacidades de liderança.
“Mais do que uma distinção pessoal, a conquista deste prémio é um reconhecimento pelo trabalho desenvolvido na Anatomia Patológica, uma especialidade médica a que, por passar despercebido, não é atribuído o valor devido, mas que é essencial para o exercício da Medicina com as suas exigências atuais.” destaca Fátima Carneiro.
Sobre o seu percurso, Fátima Carneiro destaca que, além do seu envolvimento no ensino e na atividade de diagnóstico, tem um especial orgulho em ter conseguido atingir a senioridade na sua área de investigação – o cancro gástrico – e de todas as parcerias de investigação e ensino que estabeleceu ao longo da carreira em quatro os continentes. No que à academia e à investigação diz respeito, a docente da FMUP é autora de mais de 250 artigos científicos e contribuiu para o desenvolvimento de vários capítulos de livros de especialidade.
Natural de Angola (1954), Fátima Carneiro licenciou-se em Medicina pela FMUP em 1978. Atualmente, a Professora Catedrática da FMUP é, também, diretora do Serviço de Anatomia Patológica do Centro Hospitalar São João. Na carreira de investigação de Fátima Carneiro destacou-se o seu percurso enquanto investigadora do Ipatimup. Ao longo da sua carreira, a investigadora dirigiu vários projetos internacionais, foi presidente da Sociedade Europeia de Patologia (2011-2013) e, em Portugal, coordenou a Rede Nacional de Bancos de Tumores (2008). Atualmente Fátima Carneiro preside a Academia Nacional de Medicina Portuguesa.
Recorde-se que, em 2015, o título de Patologista mais influente do mundo foi atribuído ao médico português Manuel Sobrinho Simões – também ele docente da FMUP, fundador do Ipatimup, e patologista no CHSJ. Manuel Sobrinho Simões integra também a Top 100 desta edição.