O ano de 2012 foi "excecional" no que toca à produção de milho em Portugal. De acordo com a ANPROMIS, associção do sector, foi alcançada uma das mais elevadas produtividades a nível mundial e os responsáveis querem agora mais áreas de regadio.
O ano de 2012 foi “excecional” no que toca à produção de milho em Portugal. De acordo com a ANPROMIS, associção do sector, foi alcançada uma das mais elevadas produtividades a nível mundial e os responsáveis querem agora mais áreas de regadio no Alqueva para aumentar o autoabastecimento.
A propósito do início, marcado para esta quarta-feira, do IX Congresso Nacional do Milho, que vai juntar em Lisboa os responsáveis da pasta da Agricultura nos últimos 30 anos, a ANPROMIS, que representa 85% dos produtores nacionais, deu conta de um aumento de 3.941 hectares da área de produção, que soma, agora, mais de 150 mil hectares, e também de um crescimento de 12% das vendas de milho (290 mil toneladas) face a 2011.
Citada pela Lusa, a ANPROMIS explicou que este “acréscimo” se deve, no essencial, à recuperação de áreas anteriormente semeadas com esta cultura e ao surgimento de novas áreas de regadio, entre as quais Alqueva”.
A associação defendeu ainda a utilização de 20 mil hectares de blocos de rega de Alqueva para produzir cerca de 240 mil toneladas de milho em grão.
“Aproveitando os cerca de 70 a 80 mil hectares do Alqueva poder-se-ia produzir um milhão e 150 mil toneladas de milho por ano e, assim, aumentar o grau de autoabastecimento em cereais e reduzir o défice da balança comercial”, salientou a associação de produtores.
Em 2012, as infraestruturas de Alqueva permitiram o cultivo de seis mil hectares com uma produtividade na ordem das 21 toneladas por hectare, valor só equiparável ao da bacia de Paris, uma das mais produtivas do mundo, que alcançou também entre 18 a 21 toneladas por hectare.