A produção de eletricidade de origem renovável deverá aumentar 42% em Portugal até 2030 - o equivalente a mais 8.000 GWh produzidos - enquanto a produção não renovável manterá a tendência de queda dos últimos anos.
A produção de eletricidade de origem renovável deverá aumentar 42% em Portugal até 2030 – o equivalente a mais 8.000 GWh produzidos – enquanto a produção não renovável manterá a tendência de queda dos últimos anos, prevê um novo estudo da Deloitte.
O estudo “Impacto Macroeconómico do Setor da Eletricidade de Origem Renovável em Portugal” elaborado pela consultora em colaboração com a APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis revela que “o aumento esperado da produção global de eletricidade será suportado pelo aumento da produção renovável, que deverá crescer 42% entre 2014 e 2030”.
“Em contrapartida, a produção a partir de fontes não renováveis deverá reduzir-se gradualmente”, antecipa o documento citado pela Lusa, que acrescenta que a produção total de eletricidade vai inverter a tendência de queda e crescer a uma média anual de 0,9% até 2030, altura em que a produção totalizará cerca de 57.370 GWh, quase mais 8.000 GWh do que os 49.400 GWh estimados para 2014.
À data, as fontes renováveis deverão representar cerca de 68% do total de eletricidade produzida face aos 55% estimados para 2014, lê-se no estudo apresentado esta quinta-feira na conferência da APREN, com o tema “Eletricidade Renovável: Estratégia para o Desenvolvimento”.
No que toca à estrutura da produção deverão registar-se poucas alterações, à exceção de um ligeiro aumento de peso da energia solar, que passará a representar 5% da produção em 2030 (mais do dobro do peso atual, que se fica pelos 2%, indica o documento).
A energia das ondas também terá um grande aumento de produção até 2030, mas, devido à sua reduzida dimensão, não terá impacto significativo no conjunto, prevê a Deloitte. Já as fontes hídrica e eólica continuarão a representar, conjuntamente, 85% do total de eletricidade produzida a partir das fontes de energia renováveis.
De realçar que, entre 2010 e 2013, a produção de energia elétrica em Portugal teve um decréscimo médio anual de 0,7%, com as energias não renováveis a registarem um decréscimo de 6% ao ano compensado, em parte, pelo aumento de cerca de 15% da produção renovável.