O vinicultor António Pereira é o responsável pela implementação de um método de produção biológico naqueles terrenos. Em declarações à agência Lusa, conta que tudo começou em 1996, quando decidiu “fazer uma decapagem profunda das terras antigas para as substituir por dois metros de terras virgens que não tinham químicos”.
Em 2003 já plantava uma “nova vinha descontaminada”. O resultado está à vista: anualmente são produzidas “entre 200 a 300 pipas”, utilizando produtos naturais à base de infusões de cavalinha e algas naturais para tratar as vinhas, que ajudam a “combater o oídio e o míldio, as duas principais doenças que atacam as nossas vinhas, sem recorrer a químicos, e não alterar o ambiente”.
“Hoje, posso dizer que tenho dois vinhos excelentes”, afirmou António Pereira, que na quarta feira recebe nas suas duas quintas jornalistas espanhóis e portugueses que a Turismo do Porto e Norte de Portugal convidou no âmbito de uma “visita educacional” aos diferentes premiados da edição 2010 Best of Wine Tourism.
O concurso é promovido desde 2003 pela Câmara do Porto em oito capitais vinhateiras de todo o mundo: Porto, Bordéus (França), S. Francisco (EUA), Bilbao (Espanha), Florença (Itália), Mendoza (Argentina), Mainz (Alemanha), Christchurch (Nova Zelândia) e Cidade do Cabo (África do Sul).
Na edição deste ano foram ainda galardoadas em Portugal a Quinta do Seixo, em Tabuaço, Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, em Sabrosa, o circuito Winelands of Portugal da Doc – DMC e o Restaurante Castas e Pratos, na Régua.