O consumo de iogurtes ou a toma de suplementos com probióticos - bactérias vivas que são amigas do organismo e benéficas para a saúde do intestino - pode ajudar a reduzir a hipertensão arterial e prevenir o risco cardiovascular.
O consumo de iogurtes ou a toma de suplementos com probióticos – bactérias vivas que são amigas do organismo e benéficas para a saúde do intestino – pode ajudar a reduzir a hipertensão arterial e prevenir o risco cardiovascular, diminuindo as hipóteses de ataque cardíaco.
A conclusão é de um grupo de investigadores do Griffith Health Institute and School of Medicine, na Austrália, que efetuou uma metanálise de nove estudos anteriores envolvendo mais de 500 pessoas, observando que os indivíduos com hipertensão arterial beneficiavam de uma redução da tensão quando consumiam probióticos durante oito semanas.
Os resultados desta análise foram dados a conhecer pela equipa coordenada por Jing Sun através de um artigo publicado na revista científica Hypertension, que revela que os efeitos da ingestão de probióticos são idênticos àqueles verificados em resultado, por exemplo, da redução do consumo de sal de seis para quatro gramas por dia, o que pode ser suficiente para reduzir o risco de morte por ataque cardíaco ou acidente vascular cerebal em 20%.
“A pequena coleção de estudos que observámos sugere que o consumo regular de probióticos pode ser parte integrante de um estilo de vida saudável para ajudar a reduzir a hipertensão aterial, bem como para manter os níveis recomendados de tensão arterial”, explica a principal autora do estudo na Hypertension.
Segundo Jing Sun, “estes probióticos podem ser encontrados no iogurte, no leite fermentado e no queijo, bem como em suplementos” em pó ou em cápsulas e, de acordo com as observações realizadas, conseguem reduzir a pressão arterial sistólica e diastólica.
Volume e diversidade de bactérias fazem variar benefícios
“A redução de que dá conta a metanálise que efetuámos é modesta, mas mesmo uma pequena redução da pressão arterial pode ter importantes benefícios para a saúde pública e para o sistema cardiovascular”, realça a investigadora, que acrescenta que os probióticos que contêm um maior volume e diversidade de bactérias são os mais eficazes.
“Acreditamos que os probióticos possam reduzir a hipertensão arterial graças aos outros efeitos positivos que têm na saúde, nomeadamente a melhoria do colesterol total e das lipoproteínas de baixa densidade, a redução da glicose no sangue e da resistência à insulina e o apoio à regulação do sistema hormonal que controla a pressão sanguínea”, conclui.
Apesar das conclusões obtidas, a equipa do instituto australiano afirma ainda que serão necessários estudos mais aprofundados antes de os probióticos poderem ser recomendados pelos médicos como forma efetiva de controlo e prevenção da hipertensão.
Clique AQUI para aceder ao artigo publicado na revista científica Hypertension (em inglês).