A trabalhar num “pub” naquela localidade britânica, o paciente, de 51 anos, ficou com a mão direita paralisada devido a uma doença que acumula cristais de ácido úrico nas articulações.
Porém, uma cirurgia inovadora poderá agora trazer-lhe uma nova esperança. Ao longo de várias horas, os médicos refizeram a conexão dos nervos do braço à nova mão de Mark. Para já, o paciente ainda não tem tato e ainda é cedo para determinar a quantidade de movimento que o novo órgão vai permitir, mas o homem já consegue levantar levemente os dedos.
Em declarações à BBC, Mark Cahill confessou que, ao mexer os dedos, tem já a sensação de que a mão é realmente sua, adiantando que a dor que sente devido ao movimento não é muito forte.
Simon Kay, professor e cirurgião plástico do hospital de Leeds, admitiu, em declarações à estação televisiva britânica, que esta operação pioneira no Reino Unido foi “um grande desafio” para toda a sua equipa médica.
Apesar de ainda ser muito cedo para verificar se o procedimento foi bem-sucedido, Kay disse acreditar que “tudo tenha dado certo” e esperar que Mark Cahill faça “bons progressos”.
Durante mais de dois anos a equipa médica britânica preparou-se para a cirurgia, estando sempre em contacto com os médicos franceses de Lyon que, em 1998, realizaram o primeiro transplante de mão na Europa.
Norman Williams, presidente do Real Colégio dos Cirurgiões, adiantou à BBC que o transplante de mão é “um exemplo das mudanças cirúrgicas que agora são possíveis”, relembrando o caso de Clint Hallam, da Nova Zelândia, a primeira pessoa a receber um transplante de mão em todo o mundo após tê-la perdido devido a um acidente.
[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]