Com a tese “O Jogo em Crianças com Transtorno do Espetro Autista (TEA): Desenvolvimento de um Instrumento de Avaliação”, Ana Saldnha provou que “as crianças com autismo têm capacidade de jogo”, apesar de essa ser uma visão com a qual “alguns autores” discordam, revelou ao Jornal de Notícias.
A portuguesa desenvolveu a sua investigação em Espanha e lá trabalhou com 45 crianças autistas, às quais aplicou um novo instrumento de avaliação. Segundo Ana Saldanha, o método comprovou que “nesse jogo [simbólico] podem identificar-se dimensões que fazem referência a diferentes habilidades intelectuais específicas” das crianças que o desenvolvem.
Além disso, ao estimular a capacidade física e mental, o desenvolvimento do jogo é “uma fonte de auto afirmação, satisfação e prazer”. A investigadora portuguesa acrescenta ainda que um autista “pode ter qualidade de vida e até trabalhar”, desde que “seja ajudada e estimulada”.
Ana Saldanha frisa ainda a distinção entre “autismo” e “doença mental” e crê que o instrumento de trabalho que desenvolveu permitirá dar mais felicidade aos autistas.