Foi a partir do lixo que o geógrafo de 34 anos Afate Gnikou construiu a primeira impressora 3D africana. A W.Afate foi feita com lixo eletrónico que o mundo ocidental descarrega no Togo, mais concretamente numa enorme lixeira de Lomé, a capital do pa
Foi a partir do lixo que o geógrafo de 34 anos Afate Gnikou construiu a primeira impressora 3D africana. A
W.Afate foi feita com lixo eletrónico que o mundo ocidental descarrega no Togo, mais concretamente numa enorme lixeira de Lomé, a capital do país.
Um dos objetivos desta criação ‘low-cost’ e ecológica, desenvolvida por Afate Gnikou no laboratório togolês Woelab, é “colocar a tecnologia ao serviço de quem mais precisa e dar a oportunidade a África de desempenhar um papel relevante na revolução” do mundo digital e industrial, dizem os autores do projeto no site da plataforma de crowdfunding Ulule.
Esta impressa construída a partir de lixo segue o mesmo modelo de uma outra impressora 3D francesa, a Prusa Mendel, que já existia no laboratório togolês.
O projeto encontrou financiamento para uma produção em série através desta plataforma onde angariou mais de 4.300 mil dólares, ou seja, um valor acima dos 3.500 dólares (2.600 euros) que o grupo estava a solicitar.
Mais de 500 toneladas de lixo eletrónico por ano
Na página da impressora W.Afate, os autores do projeto sublinham que a construção em série desta impressora vai permitir combater a volumosa quantidade de lixo eletrónico ocidental que chega a 35 países africanos.
Só no Gana e no Togo, por exemplo, este lixo ultrapassa as 515 toneladas por ano. Em alguns sítios, estas lixeiras chegam a ter a dimensão de verdadeiras cidades.
Com esta quantidade de desperdício eletrónico, Afate acredita que será possível construir centenas de impressoras 3D que poderão ser distribuídas por escolas, cibercafés e por cidadãos particulares, gerando também dezenas de postos de trabalho.
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