por redação
Jean-Claude Juncker, Presidente da Comissão Europeia, nomeou Ana Sofia Carvalho como membro do Grupo Europeu de Ética em Ciência e Novas Tecnologias (EGE). A professora da Universidade Católica Portuguesa passa a integrar o grupo que conta com 15 individualidades, selecionadas entre cerca de 200 candidatos de todos os países membros, e que está responsável por todos os aspetos da política e legislação europeia em que as dimensões de ética, social e de direitos humanos se cruzam com os avanços científicos e tecnológicos.
Em conversa com o Boas Notícias, Ana Sofia Carvalho afirma que é importante a presença de Portugal no Grupo já que este é “um Grupo muito restrito tendo em conta que há países que não estão incluídos. Representa que finalmente não fazemos apenas boa ciência mas também fazemos boa ética. Demonstra que estamos preocupados com outras questões, que pensamos na importância dos valores éticos no desenvolvimento científico”.
O EGE, que trabalhará diretamente com Carlos Moedas, Comissário Europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, pretende através das suas opiniões e recomendações, ajudar a Comissão Europeia a encontrar soluções que respeitem e encorajem o progresso científico e tecnológico, mas que preservem os valores fundamentais na vida e na cultura da Europa, a partir dos direitos humanos inalienáveis.
Sobre este tema, Carlos Moedas disse: “A inovação está a produzir mudanças rápidas e é nossa responsabilidade garantir que essa evolução é utilizada para o bem da Humanidade. O bem-estar das gerações futuras é determinado pelas considerações éticas que aplicamos hoje às nossas políticas. Felicito-me, por isso, por este Grupo Europeu de Ética para as Ciências e as Novas Tecnologias ter sido renovado e estar já em funcionamento. Os excecionais 15 homens e mulheres nomeadas darão um apoio importante a uma Comissão que procura dar resposta às grandes questões sociais em benefício de todos os cidadãos”.
Ana Sofia Carvalho é diretora do Instituto de Bioética (IB) da Universidade Católica Portuguesa e membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. A docente distingue-se, ainda, pelo sólido percurso científico, com investigação que vai da biotecnologia às questões éticas da saúde e da integridade científica. O Instituto que dirige é a única instituição universitária dedicada exclusivamente ao ensino, investigação e difusão da Bioética, sendo que os seus investigadores se encontram envolvidos em diferentes projetos de investigação a nível nacional e europeu.
A docente diz sentir-se honrada com a nomeação. Promete trabalhar o melhor que sabe e segue a sua lógica de “que só somos todos felizes se todos formos felizes naquilo que fazemos”.
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