Os “heróis de Fukushima”, o grupo de homens e mulheres envolvidos na emergência nuclear provocada pelo tsunami que devastou o norte do Japão a 11 de março deste ano, foram galardoados, esta quarta-feira, com o Prémio Príncipe Astúrias da Concórdia 2011, avançam as agências internacionais.
O prémio foi atribuído a 50 trabalhadores que se voluntariaram para lutar na emergência da central nuclear de Fukushima. Estes homens, muitos deles já reformados, arriscaram a vida sujeitando-se a altos níveis de radiações para impedir efeitos (ainda) mais devastadores.
A coragem dos heróis de Fukushima é assim reconhecida e homenageada. O júri da Fundação Príncipe das Astúrias, da cidade espanhola de Oviedo (Astúrias), destacou o “valoroso e exemplar comportamento” das equipas que responderam à emergência nuclear.
Para o júri, os galardoados representam os valores mais elevados da condição humana, tendo procurado evitar, com o seu sacrifício, a multiplicação dos efeitos do desastre nuclear provocado pelo tsunami gerado pelo sismo.
O sismo e o tsunami provocaram cerca 28 mil mortos e 350 mil deslocados, além de danos na central nuclear de Fukushima, que originaram explosões de hidrogénio e a fusão do combustível nuclear.
Vários operários da central morreram e outros ficaram feridos devido à radiação da central. A candidatura foi proposta por Josep Piqué, presidente da Fundação Conselho Espanha-Japão, e contou com o apoio do alcaide de Madrid, Alberto Ruiz-Gallardón, entre outros
Este foi o último galardão de 2011. Em Outubro decorre a cerimónia de entrega dos prémios. Os oito vencedores, individuais ou coletivos, recebem 50 mil euros e uma estatueta criada e desenhada, nos anos 80, por Juan Miró.
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[Notícia corrigida a 08/09/2011 às 13h50]