“Eu já assinei as tarifas para este ano — essa é uma tarefa que cumpre ao
membro do Governo”, declarou à imprensa, ao fim da tarde, numa prova de produtos biológicos da Beira Interior, organizada pela associação de produtores da região no Navio-Escola Sagres, atracado na Base Naval do Alfeite.
Segundo Assunção Cristas, o Governo vai “alterar a lei orgânica da ERSAR
[Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos], para que a ERSAR passe a ser uma verdadeira entidade autónoma, com independência, para que, mediante um regulamento tarifário, tenha mais poder na fixação dos preços”.
“Portanto, não haverá, no futuro, preços fixados diretamente pelo membro do Governo, como existem hoje em dia. Essa é uma situação também para acabar”, frisou.
Inquirida sobre quando passará a ERSAR a fixar os preços da água, a ministra respondeu: “Estamos a trabalhar o mais rapidamente possível, mas é um trabalho que demora muito tempo. Estamos a falar da restruturação de um grupo empresarial [Águas de Portugal] com 42 empresas. É muito”.
Quanto à percentagem da subida prevista no preço da água, a ministra indicou não poder ainda responder a essa questão, reiterando apenas que, em todo o país, a água é paga pelos consumidores abaixo do preço de custo e que essa situação é insustentável, tendo atualmente o grupo Águas de Portugal uma dívida de três mil milhões de euros.